domingo, 20 de março de 2016

Contra o Golpe




Para entendermos setores do judiciário e alguns juízes precisamos entender a sua cultura social e política original. "O Juiz de Paz da Roça" foi a primeira comédia de costumes do teatro brasileiro, de Luís Carlos Martins Pena. A peça foi escrita por volta de 1833 e representada em 1838. Desde a gênese do Estado Nacional se revela o atual enredo de abusos do poder pessoal, corrupção envolvente e "o jogo entre o direito, enquanto doutrina jurídica, e a vontade e os desmandos puramente pessoais de quem assume o cargo de juiz". O juiz de paz no texto é um pequeno corrupto, de uma corrupção quase imperceptível, lidando com a inocência e ignorância dos roceiros. A crítica aos costumes sociais e às grandes hipocrisias sociais da época, os escravos e o contrabando escravocrata aparecem nas entrelinhas. "Os meias-caras agora estão tão caros! Quando havia Valongo eram mais baratos" ! Como sempre as grandes injustiças, corrupções e desigualdades sociais eram solenemente ignoradas pelos juízes da roça nos seus direcionamentos arbitrários da justiça !



 Ricardo Costa de Oliveira

"Mesmo um observador leigo da política brasileira é capaz de constatar que os pretos e pardos estão excluídos das arenas decisórias brasileiras. Contudo, a ausência de registros sobre a cor/raça dos políticos brasileiros sempre dificultou o dimensionamento essa sub-representação e as suas possíveis causas. Desde as eleições de 2014, porém, o Tribunal Superior Eleitoral computa a raça/cor dos candidatos registrados, o que permite contornar parcialmente essas dificuldades. Neste trabalho, recorremos a esses dados para dimensionar quão sub-representados pretos e pardos estão na Câmara dos Deputados e, sobretudo, testar algumas hipóteses explicativas de tal fenômeno".

Luiz Augusto Campos (IESP/UERJ)

Curitiba 18 de março