terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Um sociólogo norte-americano dos anos 50 já deu o diagnóstico: com o deslocamento geográfico de um segmento da classe média intelectualizada para os "campi" universitários, um setor importante da esquerda, que varia de numero segundo a institucionalização do aparelho burocrático-universitário de país para país, separou sua experiência de vida quotidiana da grande massa da classe trabalhadora. Daí que surjam tantas palavras de ordem e arroubos radicais dos quais a massa sequer toma conhecimento. A pergunta que se coloca é: as redes sociais agravaram esse fenômeno, insulando ainda mais os "liberals" do restante da população comum, ou serviram para "reconectar" as camadas médias liberais com o duro e sofrido cotidiano do cidadão comum? Talvez esteja aí a fonte do famoso "mal-estar" com a democracia monitorada que tantos ideólogos sentem...

Sérgio Soares Braga