sábado, 15 de outubro de 2016


naquela solidão, a fome o perseguia, tinha que comer alguma coisa. 'o gato', 'óbvio', pensou. olhou o bichano que o olhava. 'coragem', pensou. 'a criatura, pense que é só uma criatura'. então, a coisa preta se esfregou em suas pernas. 'não, não teria coragem', pensou. 'melhor bater uma punheta'. esfregou o dedo no sovaco e depois na virilha, depois cheirou, iniciando o movimento. não adiantou; cortou o próprio dedo e fez uma sopa."


in: KATZELSSE, Ich. "Der katze". p1.
fonte : William Teca