quinta-feira, 5 de junho de 2014

Guerra de los Seis Días

5 de junio de 1967

Enfrenta a Israel con una coalición árabe.
Tal día como hoy, el 5 de junio de 1967, comienza la llamada "Guerra de los Seis Días", un conflicto bélico que enfrentó a Israel con una coalición árabe formada por Egipto,Jordania, Iraq y Siria, entre el 5 y el 10 de junio de aquel año.
Estos hechos ocurren dentro del conjunto de guerras libradas entre el pueblo israelita y sus vecinos árabes, tras la creación del pueblo de Israel,en el 1948. Éstos temieron una ofensiva inminente y lanzaron un ataque preventivo contra la fuerza aérea egipcia. Jordania respondió atacando las ciudades de Jerusalén y Netanya.

Estos días suscitaron la atención mundial y fue clave en la geopolítica de la región.Las consecuencias han repercutido hasta hoy en día y posteriores sucesos históricos, como la masacre de Múnich o la Guerra de Yom Kipur, son el resultado de aquel enfrentamiento que complicó aún más la relación árabe-israelí.
reconstruir el mundo
desmigajarlo para
que la palomas sientan
que su vuelo valió
el intento
casi nada
este pan del mundo
en el pico una miga
para seguir girando
su eternidad tan blanca


©Antonio Arroyo Silva
"O hedonismo pós-moderno, fantasiado de livre-escolha, de “se não gostar do programa, então desligue a televisão”, em que parecemos ser reis de tudo aquilo que chega até nós, é, primeiramente, uma condenação da sociedade. Construímos uma sociedade onde o mal-estar se agravou e se delineou em novas importantes categorias psiquiátricas, como a síndrome do pânico e a depressão."

Zygmunt Baumann

Adam Smith (Kirkcaldy, 5 de Junho de 1723 — Edimburgo, 17 de Julho de 1790) filósofo e economista escocês. Teve como cenário a vida o atribulado século das Luzes, o século XVIII.
É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo económico. Autor de "Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações", a sua obra mais conhecida, e que continua sendo usada como referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da actuação de indivíduos que, movidos inclusive (e não apenas exclusivamente) pelo seu próprio interesse (self-interest), promoviam o crescimento económico e a inovação tecnológica.

Assim acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de tornar mais barato o custo de produção e vencer os competidores.

Analisou a divisão do trabalho como um factor evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith tornou-se famosa: "Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade." Como resultado da actuação dessa "mão invisível", o preço das mercadorias deveria descer e os salários deveriam subir.

As doutrinas de Adam Smith exerceram uma rápida e intensa influência na burguesia (comerciantes, industriais e financeiros), que queriam acabar com os direitos feudais e com o mercantilismo.
Adam Smith (Kirkcaldy, 5 de Junho de 1723 — Edimburgo, 17 de Julho de 1790) filósofo e economista escocês. Teve como cenário a vida o atribulado século das Luzes, o século XVIII.

É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do liberalismo económico. Autor de "Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações", a sua obra mais conhecida, e que continua sendo usada como referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da actuação de indivíduos que, movidos inclusive (e não apenas exclusivamente) pelo seu próprio interesse (self-interest), promoviam o crescimento económico e a inovação tecnológica.

Assim acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de tornar mais barato o custo de produção e vencer os competidores.

Analisou a divisão do trabalho como um factor evolucionário poderoso a propulsionar a economia. Uma frase de Adam Smith tornou-se famosa: "Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade." Como resultado da actuação dessa "mão invisível", o preço das mercadorias deveria descer e os salários deveriam subir.

As doutrinas de Adam Smith exerceram uma rápida e intensa influência na burguesia (comerciantes, industriais e financeiros), que queriam acabar com os direitos feudais e com o mercantilismo.

Marisa Soveral

Os Justos


Um homem que cultiva o seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que num café do Sul jogam um silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de certo canto.
O que acarinha um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar o mundo.
- Jorge Luis Borges, em "A Cifra". (tradução de Fernando Pinto do Amaral).

John Maynard Keynes



John Maynard Keynes (Cambridge, 5 de Junho de 1883 — Tilton, East Sussex, 21 de Abril de 1946), economista britânico cujos ideais serviram de influência para a macroeconomia moderna, tanto na teoria quanto na prática. Keynes defendeu uma política económica de Estado intervencionista, através da qual os governos usariam medidas fiscais e monetárias para mitigar os efeitos adversos dos ciclos económicos - recessão, depressão e booms. Suas ideias serviram de base para a escola de pensamento conhecida como economia keynesiana.

Na década de 1930, Keynes iniciou uma revolução no pensamento económico, opondo-se às ideias da economia neoclássica que defendiam que os mercados livres ofereceriam automaticamente empregos aos trabalhadores, contanto que eles fossem flexíveis na sua procura salarial. Após a eclosão da Segunda Guerra Mundial, as ideias económicas de Keynes foram adoptadas pelas principais potências económicas do Ocidente. Durante as décadas de 1950 e 1960, o sucesso da economia keynesiana foi tão retumbante que quase todos os governos capitalistas adoptaram as suas recomendações.

A influência de Keynes na política económica declinou na década de 1970, parcialmente como resultado de problemas que começaram a afligir as economias norte americana e britânica no início da década (como a Crise do Petróleo) e também devido às críticas de Milton Friedman e outros economistas liberais e neoliberais pessimistas em relação à capacidade do Estado de regular o ciclo económico com políticas fiscais. Entretanto, o advento da crise económica global do final da década de 2000 causou um ressurgimento do pensamento keynesiano. A economia keynesiana forneceu a base teórica para os planos do presidente Barack Obama, do primeiro-ministro britânico Gordon Brown e de outros líderes mundiais para aliviar os efeitos da recessão.

Em 1999, a revista Time nomeou Keynes como uma das cem pessoas mais influentes do século XX, dizendo que "sua ideia radical de que os governos devem gastar o dinheiro que não têm pode ter salvado o capitalismo". Keynes é amplamente considerado o pai da macroeconomia moderna e, de acordo com comentaristas como John Sloman, é o economista mais influente do século XX.

Marisa Soveral

Se as minhas mãos pudessem desfolhar


Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.
Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.
Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!

Federico García Lorca (Fuente Vaqueros, 5 de Junho de 1898 — Granada, 19 de Agosto de 1936)

poeta e dramaturgo, e uma das primeiras vítimas da Guerra Civil Espanhola.

Wallerstein: o jogo geopolítico de Moscou e Pequim


POR IMMANUEL WALLERSTEIN

– ON 05/06/2014

CATEGORIAS: CAPA, GEOPOLÍTICA, MUNDO

Por Immanuel Wallerstein | Tradução: Inês Castilho

Os governos, os políticos e a mídia do mundo “ocidental” parecem incapazes de compreender os jogos políticos representados por outros atores, em outros lugares. Sua análise do acordo recém-proclamado entre Rússia e China é um exemplo espantoso disso.

Em 16 de maio, Rússia e China comunicaram a assinatura de um “tratado de amizade” que duraria “para sempre”, mas que não era uma aliança militar. Simultaneamente, anunciaram uma negociação com gás, segundo a qual os dois países construirão um gasoduto para exportar o gás russo para a China. A China emprestará o dinheiro para construir sua parte do gasoduto. A Gazprom (maior produtora russa de gás e óleo) teria feito algumas concessões de preço à China, um assunto que há algum tempo impedia o acordo.

Os jornais de 15 de maio estavam cheia de artigos explicando por que tal acordo era improvável. Quando, no dia seguinte, o acordo aconteceu, os governos ocidentais, os políticos e meios de comunicação ficaram divididos entre os que pensavam ser uma vitória geopolítica do presidente russo, Vladimir Putin (e deploravam o fato), e aqueles argumentando que o acordo não faria muita diferença geopolítica.

Fica bem claro, a partir das discussões e votos no Conselho de Segurança da ONU nos últimos anos, que Rússia e China partilham a oposição às várias propostas encaminhadas pelos Estados Unidos (frequentemente seguidas por vários países europeus), para autorizar o envolvimento direto (abrindo caminho para o envolvimento militar, em última análise) na disputa civil na Ucrânia e nos múltiplos conflitos do Oriente Médio.

As sanções unilaterais que os Estados Unidos já impuseram à Rússia por causa de seu suposto comportamento na Ucrânia, e a ameaça de ainda mais sanções, sem dúvida apressaram o desejo russo de encontrar saídas adicionais para seu gás e óleo. E isso, por sua vez, levou a muitos comentários sobre um revival da “guerra fria” entre Rússia e Estados Unidos. Mas será esse o verdadeiro ponto do novo tratado Rússia-China?

Parece-me que ambos os países estão realmente interessados em reestruturar as alianças interestatais de modo diferente. O que a Rússia está procurando, verdadeiramente, é um acordo com a Alemanha. E o que a China está querendo, na verdade, é um acordo com os Estados Unidos. E o estratagema dos dois é anunciar uma aliança “eterna” entre si.

A Alemanha está claramente dividida, internamente, sobre a possibilidade de incluir a Rússia na esfera europeia. A vantagem desse arranjo, para a Alemanha, seria consolidar as bases do consumo da Alemanha na Rússia, garantir suas necessidades de energia e incorporar a força militar russa em seu planejamento global de longo prazo. Considerando-se que isso inevitavelmente significaria a criação de uma Europa, pós-OTAN, a ideia encontra oposição não apenas dentro da Alemanha mas, claro, também na Polônia e nos países bálticos. Do ponto de vista russo, o objeto do tratado de amizade Rússia-China é fortalecer a posição daqueles que, na Alemanha, são favoráveis a trabalhar com a Rússia.

A China, por sua vez, está fundamentalmente interessada em refrear os Estados Unidos e reduzir seu papel no Leste asiático. Dito isto, contudo, ela quer fortalecer, e não enfraquecer seus elos com os Estados Unidos. A China procura investir nos Estados Unidos com os preços de barganha que julga estarem agora disponíveis. Quer que os Estados Unidos aceitem sua emergência como poder regional dominante no Leste e Sudeste da Ásia. E que os Estados Unidos usem sua influência para evitar que o Japão e a Coreia do Sul tornem-se potências nucleares.

Claro, o que a China quer não é consoante com a linguagem ideológica que prevalece nos Estados Unidos. A despeito disso, parece haver um apoio silencioso a tal evolução de alianças, dentro dos Estados Unidos – especialmente nas estruturas corporativas principais. Assim como a Rússia deseja usar o tratado de amizade para encorajar certos grupos na Alemanha a se moverem na direção que considera mais útil, a China quer fazer o mesmo com os Estados Unidos.

Esses jogos geopolíticos vão dar certo? É possível, mas não há certeza alguma. De sua própria perspectiva, Rússia e China têm tudo a ganhar e muito pouco a perder, usando tal estratégia. A verdadeira pergunta é: como o debate interno se desenvolverá, no futuro próximo, na Alemanha e nos Estados Unidos. Quanto ao argumento de que o mundo está voltando a uma guerra fria entre os Estados Unidos e a Rússia, penso nele simplesmente como o contra-estratagema daqueles que compreendem o jogo que Rússia e China estão iniciando, e tentam se contrapor a ele.

Immanuel Wallerstein é um dos intelectuais de maior projeção internacional na atualidade. Seus estudos e análises abrangem temas sociólogicos, históricos, políticos, econômicos e das relações internacionais. É professor na Universidade de Yale e autor de dezenas de livros. Mantém um site onde publica seus textos 

BUDISMO MODERNO


Tome, Dr., esta tesoura, e... corte
Minha singularíssima pessoa.
Que importa a mim que a bicharia roa
Todo o meu coração, depois da morte?!
Ah! Um urubu pousou na minha sorte!
Também, das diatomáceas da lagoa
A criptógama cápsula se esbroa
Ao contato de bronca destra forte!
Dissolva-se, portanto, minha vida
Igualmente a uma célula caída
Na aberração de um óvulo infecundo;
Mas o agregado abstrato das saudades
Fique batendo nas perpétuas grades
Do último verso que eu fizer no mundo!

AUGUSTO DOS ANJOS
"Poesia. Acredite na poesia e viva.
E viva ela. Morra por ela se você
se liga, mas por favor, não traia.
O poeta que trai sua poesia é um
infeliz completo e morto.
Resista, criatura.
(...)
Eu, pessoalmente, acredito em
Vampiros. O beijo frio, os dentes
quentes, um gosto de mel."

Torquato Neto
Pena que tantos intelectuais usam a realidade concreta como ponto de partida, mas depois se perdem no céu da teoria e nao completam o movimento dialético do Hegel e do Marx, de retornar para o concreto como síntese de múltiplas determinações abstratas. A teoria parece um fim em si mesmo e não forma de decifrar o real para penetrar nas massas e se tornar força material de transformação da realidade.

Emir Sader