quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013



Emerson Urizzi Cervi
Sabe o que imagino como um exemplo prático de Cartel?
O sujeito lembrar que tem que tem que ir a Ponta Grossa amanhã e concluir que é melhor abastecer o carro lá, onde a gasolina está mais barata do que em Curitiba. Ainda que Ponta Grossa seja bem mais distante da refinaria de petróleo do que Curitiba, os postos de lá cobram menos que os daqui. Nunca, pelo menos nas últimas três décadas, tinha sido vantajoso abastecer carro com gasolina em Ponta Grossa, quando comparado aos preços de Curitiba. Agora é! Pense nisso.


21/2/1903 - Anaïs Nin, francesa, escritora de diários pessoais, romances e narrativas, de conteúdo erótico. Fez enorme sucesso em todas as línguas ocidentais. Depois de morta, evidentemente.

A origem da mentira está na imagem idealizada que temos de nós próprios e que desejamos impor aos outros.

A única anormalidade é a incapacidade de amar.

A nossa vida em grande parte compõe-se de sonhos. É preciso ligá-los à ação.

A vida se espande ou se encolhe de acordo com a nossa coragem.

A vida é um processo de crescimento, uma combinação de situações que temos de atravessar. As pessoas falham quando querem eleger uma situação e permanecer nela. Esse é um tipo de morte.

A luz tinha som e o sol era uma orquestra.

Chorei porque não podia mais acreditar, e adoro acreditar. Ainda consigo amar apaixonadamente sem acreditar. Isso significa que amo humanamente. Chorei porque daqui por diante chorarei menos. Chorei porque perdi minha dor e ainda não estou acostumada à ausência dela.

É monstruoso dizer-se que o artista não serve a humanidade. Ele foi os olhos, os ouvidos, a voz da humanidade. Sempre foi o transcendentalista que passava em raios X os nossos verdadeiros estados de alma.

Me nego a viver em um mundo comum como uma mulher comum. A estabelecer relações comuns. Necessito o êxtase. Não me adaptarei ao mundo. Me adapto a mim mesma.

Escrever deve ser uma necessidade, como o mar precisa das tempestades - é a isto que eu chamo respirar.

Estou tão sedenta do maravilhoso que só o maravilhoso tem poder sobre mim. Qualquer coisa que não pode se transformar em algo maravilhoso, eu deixo ir.

E chegou o dia em que o risco de continuar espremido dentro do botão era mais doloroso que o de desabrochar.

Nós não vemos as coisas como elas são, vemos as coisas como nós somos.

O único transformador, o único alquimista que muda tudo em ouro, é o amor. O único antídoto contra a morte, a idade, a vida vulgar, é o amor.

O amor de um pelo outro é como uma extensa sombra que se beija, sem qualquer esperança de realidade.

O erotismo é uma das bases do conhecimento de nós próprios, tão indispensável como a poesia.

O amor nunca morre de morte natural. Ele morre porque nós não sabemos como renovar a sua fonte. Morre de cegueira e dos erros e das traições. Morre de doença e das feridas; morre de exaustão, das devastações, da falta de brilho.

Penso que se escreve para um mundo onde se possa viver.

Pessoas vivendo intensamente não têm medo da morte.

Você tem o direito de experimentar com sua vida. Você vai cometer erros. E eles estão certos também.


O cigarro sem a gravata
Que se fuma na aurora democrata
Os remorsos nos pescoços da tigela
Com o medo que pendura a perna.
O ministério dos sacerdotes
A condolência à janela
E o cliente que talvez não se tenha.
-Nem Deus nem mestre-
O fardo pálido onde se embala
Como um pacote em frente as estrelas
Que tombam frias sobre a laje.
E esta rosa sem pétalas
E este advogado e a sua toalha.
Esta aurora que põe o véu
Pelas lágrimas que talvez se ponha
-nem Deus nem mestre-
Estas madeiras, dizemos de justiça
E crescendo em suplício
E para fornecer o sacrifício
Com o abeto do serviço
Este procedimento que ameaça
Aqueles que a sociedade rejeita
Sob pretexto do que podem ter.

-Nem Deus nem mestre -.

Essa palavra do evangelho
A que se dobra os imbecis,
Que se começa o horror civil
Da nobreza, após o estilo.

Neste grito que não tem a roseta
Esta palavra de profeta
Eu a reinvidico e vos desejo
- Nem Deus nem mestre!

___________Léo Ferré.

(Tradução Tullio Stef  Sartini )