quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

El barrio - Cuando el rio suena



Que extraño silencio en mi alma,
Que oscura la luz de mis ojos,
Me asusta tener esta calma,
Me da que el destino me ha puesto un cerrojo.

Te miro y no te conozco, presiento que no eres la misma,
Te analizo y te veo de reojo rotundamente distinta.

Que pena de ver mi persona, como se ha enraizao a tu cama,
Y pa tu pelo una hermosa corona y pa mi cabeza manojos de canas.

El sol entra por mi ventana, el día corrige la aurora,
El sudor empapa mi cama y mi almohada se siente muy sola.

Como el novio de la muerte, he defendio lo indefendible,
Siempre con miedo a perderte, siempre hablandote sensible,
He jugado con mi suerte de manera incomprensible.
Siempre midiendo las palabras, siempre con buenas maneras,
Siempre con abracadabra pa tus pintas de embustera.
Y pa tus crueles miradas, dueñas de toas mis cegueras.

Te vas, soy una sombra de tristeza arrumbaito en el olvio,
Ya no te vale siquiera lo mucho que te he querio,
Se respira en el ambiente que tu cariño ha adormecio.

Te vas, y me quedo tan solo con mi soledad,
Hablo con mi almohada, nadie sabe contestar
Que los desengaños siempre son pa el que más da.

Es tanto lo que te quiero,
Que me conformo con ser una orquillita pa tu pelo.

Y mira si yo a tí te quiero...
Pero hoy está pa mí, no señalo a nadie, no me gusta señalar,
Pienso que el destino me ha elegido al azar
Hoy esta pa mí (tris)
Tal vez con el mañana me tenga yo que alegrar ,
De haber pasao por alto las locuras del sufrir,
Hoy está pa mi (tris)
Me voy con paso firme , sin volver la cara atrás ,
Dicen que si te vuelves solo haces recordar
Cuando eras muy feliz .

Hoy está pa mí (bis)

Haré que tu egoísmo nunca me vea llorar
Veras que en mis facciones solo ves el sonreír

Hoy esta pa mi (bis)

Obrajes e mensus

Quando a expedição comandada pelo tenente engenheiro José Joaquim Firmino chegou em 22 de novembro de 1889 na foz do rio Iguaçu encontrou uma terra dominada por empresas concessionárias da exploração de erva-mate e madeira de lei. Nos obrajes, o trabalho era escravo e os trabalhadores, suas mulheres e filhos eram tratados com violência.

Os mensus, uma derivação do espanhol mensualista, eram a mão-de-obra quase absoluta empregada nos trabalhos de extração. Sua arregimentação era feita pela força e eles deviam obediência irrestrita aos obrajeros e seus capatazes, verdadeiros monarcas, com poder de vida e morte sobre os trabalhadores.

Essa situação perdurou mesmo depois da instalação da Colônia Militar. As autoridades constituídas da Colônia atuavam sempre em defesa dos donos dos obrajes.

Arthur Martins de Franco, em suas Recordações de viagem ao Alto Paraná, conta que o Tenente Pimenta de Araújo, comandante da força pública, para melhor castigar os peões que caiam em seu desagrado, mandara colocar dentro de um dos quartos da casa, que servia de cadeia, uma caixa grande onde cabia uma pessoa de cócoras ou mal sentada e dentro dela mandava prender quem desejava castigar.

A arbitrariedade e a corrupção não se restringiam unicamente à força policial.Segundo ainda Martins de Franco muitos oficiais encarregados de administrar a Colônia Militar agiam de maneira, no mínimo incorreta, fazendo vistas grossas ao que acontecia nos obrajes.

A violência, corriqueira nos acampamentos madeireiros e de extração da erva-mate, não era contestada pelos mensus. Fracos, descalços, eles passavam meses embrenhados no mato. Fugir era impossível. Quem se aventurava acabava boiando nas águas do rio Paraná ou preso na caixa do Tenente Pimenta. A vigilância sobre eles era severa e constante.

Os atos de violência mais contundentes ocorriam na hora do acerto de contas. Os mensus estavam sempre devendo para o patrão. Esse endividamento constante e progressivo aumentava o grau de dependência, que já começava na contratação do peão. Ao começar a trabalhar a peonada recebia um adiantamento, chamado de antecipo. O dinheiro era dado a peonada antes do embarque para os futuros locais de trabalho. As embarcações atrasavam de propósito até cinco dias e durante esse tempo os peões gastavam todo o antecipo com mulheres e bebidas e já chegavam no obraje devendo para o patrão. O desgraçado do trabalhador nunca mais conseguia pagar o que havia recebido.

* Aluizio Palmar é jornalista em Foz do Iguaçu. http://aluiziopalmar.blogspot.com/

http://aluiziopalmar.blogspot.com.br/2016/01/obrajes-e-mensus.html


A Cidade e as Serras

Na Natureza nunca eu descobriria um contorno feio ou repetido! Nunca duas folhas de hera, que, na verdura ou recorte, se assemelhassem! Na Cidade, pelo contrário, cada casa repete servilmente a outra casa; todas as faces reproduzem a mesma indiferença ou a mesma inquietação; as ideias têm todas o mesmo valor, o mesmo cunho, a mesma forma, como as libras; e até o que há mais pessoal e íntimo, a ilusão, é em todos idêntica, e todos a respiram, e todos se perdem nela como no mesmo nevoeiro… A mesmice – eis o horror das cidades!

- Eça de Queiroz
Carnaval de sucesso na plena normalidade política e estética. Baile dos mascarados. Escola de Samba Mocidade Independente do bicheiro Castor de Andrade falar de corrupção é como a grande mídia-PIG, o japonês bonzinho do contrabando, a justiça demorou e desmoronou enviesada pelo Banestado, o PSDB do governo Richa nas operações Publicano e Quadro Negro, a quinta categoria de colunistas, as pesquisas de opinião fajutas direcionadas pelos mesmos interesses milionários, afinal eles são os milhões de Cunhas impunes e até a pelada do impeachment foi expulsa do trajeto.

Ricardo Costa de Oliveira

O mundo passou e Carolina não viu...
O verso de Chico Buarque vem à mente quando vc nota certos atos que eram tolerados até um tempo atrás, e de repente deixam de sê-lo.
O primeiro caso é o do Bar Quitandinha, em SP, no qual gerente e policiais foram tolerantes com clientes que assediaram duas moças - e ríspidos com elas. Mais de cem mil protestos depois, o Bar fechou para o carnaval. Seu prejuízo pode ser enorme. Uma marca pode ser destruída, simplesmente porque sua gerência ou mesmo seus donos não viram que o mundo mudou, e que ações que antes eram encobertas agora podem gerar reações fortes na sociedade.
Este é um alerta importante para quem pensa que pode dizer qualquer coisa, sem atentar para as consequências.
Ainda há muito machismo, muito desrespeito, mas quem os pratica ou com eles é conivente pode correr riscos sérios. Inclusive no bolso.

No caso específico, não dá mais para tocar um negócio sem estar alerta a esses riscos. E, melhor do que depois gastar dinheiro com advogado, gestor de riscos e publicitário, é antes disso se preparar para este mundo novo.

Renato Janine Ribeiro

Las Cuarenta - Adriana Varela

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