terça-feira, 22 de outubro de 2013

A FONTE

Adoro essa música do Echo and the Bunnymen, e acabei traduzindo a letra. Dedico ela aos meus amigos, homens-coelhos...

A FONTE

Adormeci ao pé do Monte.
Dos rios que atravessamos,
Eu sonhei com a fonte
E a moeda que atiramos.

Agora só estou contando
Os sonhos perdidos na curva
Uma moeda na fonte
É só isso que custa?
Só isso mesmo que custa?

Eu vou como os oceanos vão
Engoli marés em alto-mar
Enterrei aquela emoção
Que não consegui libertar

Bebi cada uma das poções
De A até a mim
E isso foi devoção
Será que aquele era eu?
Eu mesmo, no fim?

Que jeito de desperdiçar seus desejos
Trocando “alguma coisa” por “de alguma forma”
O que eu não daria pra provar seus beijos,
Ah, sim
Aqui e agora, aqui e agora,
Aqui e agora, você está me ouvindo agora?

Será que haverá trovão?
O raio fará jus?
Vou me ajoelhar em admiração
Num túnel de luz?

Será que vou me abater?
E desistir da luta onde fosse
Quando for a minha vez
De ser chamado de noite
Chame de noite...

Chorei até a fonte secar
Escalei a montanha mais alta
Aleluia... Aleluia...
Até te encontrar

Letra: Ian McCulloch
Gravada por Echo and the Bunnymen no Cd “The Fountain”

Tradução/versão brasileira: Fernando Koproski
 “A poesia, como a litteratura em geral, está muito acyma dessas seitas ou dessas receitas. Quando eu adopto o soneto como molde e a orthographia etymologica como opção esthetica e politica, não o faço por me achar dono da verdade, e sim por me achar investido no direito de escolha, essencial ao livre arbitrio e ao intellecto humano e humanista.”


"Estamos no plano radical da utopia social, tendo em vista que não existem – nem de longe – possibilidades de um bloco de poder popular no Brasil. O que significa que, na perspectiva do realismo político, a sustentação e a governabilidade 'hic et nunc' de uma frente política com pretensões de reforma social, implicaria irremediavelmente, num primeiro momento, articulação – mesmo que contraditória – com determinadas camadas, frações e categoriais do bloco de poder burguês. Eis a questão..."


Giovanni Alves em sua coluna de outubro no Blog da Boitempo.
E a cada outono
Eu floresço de novo;
Para a minha saúde
É útil o frio russo;
Pelos hábitos dos seres
Novamente sinto amor:
O sono voará para a morte,
A fome encontrará a morte...


Aleksandr Sergeevich Pushkin