sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Amorosa antecipação
Ni la intimidad de tu frente clara como una fiesta
ni la costumbre de tu cuerpo, aún misterioso y tácito y de niña,
ni la sucesión de tu vida asumiendo palabras o silencios
serán favor tan misterioso
como el mirar tu sueño implicado
en la vigilia de mis brazos.
Virgen milagrosamente otra vez por la virtud absolutoria del sueño,
quieta y resplandeciente como una dicha que la memoria elige,
me darás esa orilla de tu vida que tú misma no tienes,
Arrojado a quietud
divisaré esa playa última de tu ser
y te veré por vez primera, quizá,
como Dios ha de verte,
desbaratada la ficción del Tiempo
sin el amor, sin mí.
Jorge Luis Borges in Luna de enfrente(1925) -Versión transcripta por José Ignacio Márquez.,pp 9.
Amorosa antecipação
Nem a intimidade da tua fronte clara como uma festa,
nem o hábito do teu corpo, ainda de menina e misterioso e tácito,
nem a sucessão da tua vida assumindo palavras ou silêncios
serão favor tão misterioso
como olhar o teu sono envolvido
na vigília dos meus braços:
Virgem milagrosamente outra vez, pela virtude absolutória do sono,
serena e resplandecente como a alegria que a memória escolhe,
dar-me-ás essa margem da tua vida que tu própria não tens.
Entregue à serenidade,
divisirei essa praia última do teu ser
e ver-te-ei acaso pla primeira vez
como Deus te verá,
já dissipada a ficção do Tempo,
sem o amor, sem mim.
ni la costumbre de tu cuerpo, aún misterioso y tácito y de niña,
ni la sucesión de tu vida asumiendo palabras o silencios
serán favor tan misterioso
como el mirar tu sueño implicado
en la vigilia de mis brazos.
Virgen milagrosamente otra vez por la virtud absolutoria del sueño,
quieta y resplandeciente como una dicha que la memoria elige,
me darás esa orilla de tu vida que tú misma no tienes,
Arrojado a quietud
divisaré esa playa última de tu ser
y te veré por vez primera, quizá,
como Dios ha de verte,
desbaratada la ficción del Tiempo
sin el amor, sin mí.
Jorge Luis Borges in Luna de enfrente(1925) -Versión transcripta por José Ignacio Márquez.,pp 9.
Amorosa antecipação
Nem a intimidade da tua fronte clara como uma festa,
nem o hábito do teu corpo, ainda de menina e misterioso e tácito,
nem a sucessão da tua vida assumindo palavras ou silêncios
serão favor tão misterioso
como olhar o teu sono envolvido
na vigília dos meus braços:
Virgem milagrosamente outra vez, pela virtude absolutória do sono,
serena e resplandecente como a alegria que a memória escolhe,
dar-me-ás essa margem da tua vida que tu própria não tens.
Entregue à serenidade,
divisirei essa praia última do teu ser
e ver-te-ei acaso pla primeira vez
como Deus te verá,
já dissipada a ficção do Tempo,
sem o amor, sem mim.
Una furtiva Lacrima
Una furtiva lagrima
Una furtiva lagrima
negli occhi suoi spuntò
quelle festose giovani
invidiar sembrò
Che più cercando io vo?
Che più cercando io vo?
M’ama, si m’ama lo vedo;
lo vedo.
Un solo istante i palpiti
del suo bel cor sentir!
I miei sospir confondere
per poco ai suoi sospir!
I palpiti, i palpiti sentir
confondere i miei coi suoi sospir!
Cielo, si può morir;
di più non chiedo.
non chedo!
Cielo si può, si può morir!
di non chiedo
non chiedo!
Si può morir!
Si può morir!
d’amor.
Une larme furtive
A jailli dans ses yeux…
Elle paraissait envier
Ces joyeuses jeunes filles…
Que puis-je désirer de plus ?
Que puis-je désirer de plus ?
Elle m’aime, je le vois.
Un seul instant sentir
Les palpitations de son beau coeur
Confondre un moment
Mes soupirs avec les siens
Ciel, on peut mourir, je n’en demande pas plus.
Je ne demande rien de plus.
Ciel, si je peux mourir, si je peux mourir, je n’en demande pas plus.
Je ne demande pas d’amour si je peux mourir, ah oui !
[Ciel, on peut mourir... d'amour !
Una furtiva lagrima
negli occhi suoi spuntò
quelle festose giovani
invidiar sembrò
Che più cercando io vo?
Che più cercando io vo?
M’ama, si m’ama lo vedo;
lo vedo.
Un solo istante i palpiti
del suo bel cor sentir!
I miei sospir confondere
per poco ai suoi sospir!
I palpiti, i palpiti sentir
confondere i miei coi suoi sospir!
Cielo, si può morir;
di più non chiedo.
non chedo!
Cielo si può, si può morir!
di non chiedo
non chiedo!
Si può morir!
Si può morir!
d’amor.
Une larme furtive
A jailli dans ses yeux…
Elle paraissait envier
Ces joyeuses jeunes filles…
Que puis-je désirer de plus ?
Que puis-je désirer de plus ?
Elle m’aime, je le vois.
Un seul instant sentir
Les palpitations de son beau coeur
Confondre un moment
Mes soupirs avec les siens
Ciel, on peut mourir, je n’en demande pas plus.
Je ne demande rien de plus.
Ciel, si je peux mourir, si je peux mourir, je n’en demande pas plus.
Je ne demande pas d’amour si je peux mourir, ah oui !
[Ciel, on peut mourir... d'amour !
Victoria (1930)
Saraca, Victoria;
Planté de la noria,
Se fue mi mujer!
Si me parece mentira…
¡Después de seis años
volver a vivir!
Volver a ver mis amigos…
Vivir con mama otra vez…
¡Victoria,
cantemos victoria,
yo estoy en la gloria,
se fue mi mujer!
Me saltaron los tapones
Cuando tuve esta mañana
La alegría de no verla más;
Y es que, al ver que no la tengo,
Corro, salto, voy y vengo
Desatentao. ¡Gracias a Dios,
Que me salvé de andar
Toda la vida atao
Llevando el bacalao
De la emulsión de Scott!
Si no nace el marinero
Que me tire de esa piolita
Para hacerme resollar,
Yo ya estaba condenao
A morir crucificao
Como el último infeliz…
¡Victoria,
saraca, Victoria;
pianté de la noria,
se fue mi mujer!
Me da mucha tristeza el panete
Chicato inocente
Que se la llevó…
¡Cuando desate el paquete
y manye que se ensartó…!
¡Victoria,
cantemos victoria;
yo estoy en la gloria
se fue mi mujer !
Planté de la noria,
Se fue mi mujer!
Si me parece mentira…
¡Después de seis años
volver a vivir!
Volver a ver mis amigos…
Vivir con mama otra vez…
¡Victoria,
cantemos victoria,
yo estoy en la gloria,
se fue mi mujer!
Me saltaron los tapones
Cuando tuve esta mañana
La alegría de no verla más;
Y es que, al ver que no la tengo,
Corro, salto, voy y vengo
Desatentao. ¡Gracias a Dios,
Que me salvé de andar
Toda la vida atao
Llevando el bacalao
De la emulsión de Scott!
Si no nace el marinero
Que me tire de esa piolita
Para hacerme resollar,
Yo ya estaba condenao
A morir crucificao
Como el último infeliz…
¡Victoria,
saraca, Victoria;
pianté de la noria,
se fue mi mujer!
Me da mucha tristeza el panete
Chicato inocente
Que se la llevó…
¡Cuando desate el paquete
y manye que se ensartó…!
¡Victoria,
cantemos victoria;
yo estoy en la gloria
se fue mi mujer !
João e Maria
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim
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