domingo, 9 de maio de 2010

Karl Marx, le grand gagnant de la crise financière

Max Weber - sociologia

Max Weber

Vida e obra de Karl Marx

Paulo Freire - Karl Marx (subtitled)

Alienação X Trabalho

Alienação e Trabalho

Sociologia - Alienação Karl Marx

Teoria Marxista.

DOMESTIC

Gymnopedia No 1

La casa: refugio o encierro.

Mi casa es su casa – Cristina Civale – Civilización & Barbarie

La casa: refugio o encierro.



¿Cómo afectan a nuestra identidad los códigos que aprendemos en el ámbito doméstico?

¿Qué relaciones desarrollamos con las personas con las que convivimos?

¿Qué relación existe entre lo público, lo privado y lo íntimo?

¿Qué papel juegan las nuevas tecnologías en los hogares de hoy en día?

¿Cómo influyen los modelos culturales y económicos dominantes en la relación con nuestro hogar?



Estas son algunas de las cuestiones que pretende explorar la exposición Domestic curada por Arianna Rinaldo y Silvia Omedes y presentada por Obra Social Caja Madrid y la fundación Photographic Social Vision en Espacio de Caja Madrid en Barcelona.



No todas las casas son iguales ni lo que sucede dentro de ellas: y qué pasa con los que viven en colchones en las calles: cuál es su “casita”, su no relación con lo doméstico, ese espacio perdido.

¿O hay otra construcción de lo doméstico en los tiempos de los sin techo?









Domestic está formada por más de 300 fotografías seleccionadas a partir de una convocatoria internacional abierta realizada entre junio y octubre de 2009.



La selección final recoge las obras de más 74 fotógrafos de 16 países, entre los que destacan Ed Kashi, Gail Albert Halaban, Dona Schwartz, Giorgio Barrera, Adriana López Sanfeliu, Aleix Plademunt, Paola de Grenet, Raphäel Dallaporta, Mattia Insolera, Massimo Siragusa o Ana Jiménez, estos tres últimos ganadores recientes del World Press Photo.



Audiovisuales, instalaciones y más de 300 fotografías constituyen esta muestra que cuestiona de forma analítica y sensible el ámbito de lo doméstico.



Para estos fines, se realizó una minuciosa investigación coordinada por el doctor en antropología Roger Canals, que reunió a expertos psicólogos, sociólogos e historiadores para marcar los lineamientos del guión curatorial.



Entre amigos, desconocidos, desprotegidos, sin techo, inmigrantes, cuánto vale hoy la afirmación “mi casa es su casa”.



Es lo doméstico el último reducto de lo privado, la cueva para protegernos ante un mundo que parece hostil, el espacio de convivencia con los que amamos o con quien no nos queda otra que compartir el mismo espacio?



Me gusta el disparador que nos ofrece esta exposición catalana.



Cristina Civale

Seja eu quem for

Serei eu a chama que arde em ti ou por acaso já se apagou o fogo que deixei de ver nos teus olhos.




Serás tu a minha alma gémea ou incendiou-se o rastilho de paixão que me cega.



Louca esta visão que me surge no horizonte: o sol que se põe, a noite que desliza por entre nós, o cheiro do mar, a flor que nos faz falta, o perfume que nos une.



Ando à procura de um ideal para que amanhã seja um ideólogo, um fantasma ou um psicólogo, alguém por quem possam chamar. Por isso quero ser alguém, quero ser de alguém e, sem saber bem porquê, entrego-me sem ver a quem, pois é a forma mais fácil de fugir.



Preencho a espaços aquilo que me falta entender. Em cada passo em falso que dou descubro algo mais e encho a minha já vasta colecção de frustrações. Entrego-me a quem quer que seja mas sem nunca me deixar possuir.



Aperta-me algo por dentro, foi mais um pedaço que morreu. Volta de novo o vazio que me pinta por fora, levanta-se o muro que chega a ser ridículo. Cubro-me de fantasias, crio mitos e personagens, distribuo papeis por aqueles com que me deparo, elaboro maquiavélicos obstáculos e sento-me à espera.



Espero que peguem em mim, que mandem o muro abaixo, que me prendam. Espero em vão. Troco as voltas à vida, construo um labirinto à minha volta e perco-me. Devolvo a paz ao mundo nas horas em que me deixo dormir para, mais tarde, voltar ainda mais insaciável.



Fecho os olhos, continuo a fugir, tropeço em mais alguém que ficou por amar, mais um erro de percurso. Mas continuo nesta minha entrega, a quem quer que seja.



Continuo a fingir para a vida seja eu de quem for. Continuo a viver do engano e mantenho-me fiel a esta espécie de infidelidade da qual ninguém está a salvo. Este é o meu furacão, o meu tsunami que arrasta almas, corações e deixa um rasto terrível de desilusões.



(Foi mantida a grafia original)


Carlos Miguel Leite (1975) é de Lisboa – Portugal
E-mail: carlosmigueltleite@hotmail.com

“‘É bom se saber apoiado”

PAUL KRUGMAN DO “NEW YORK TIMES” – FOLHA SP

Será que a Grécia será o próximo Lehman Brothers? Não. O país não é grande ou interconectado o bastante para causar congelamento semelhante ao de 2008 nos mercados. O que quer que tenha causado a breve oscilação de mil pontos no Dow Jones certamente não tinha justificativa nos acontecimentos reais na Europa.



E os analistas que alegam que estamos vendo o início de uma corrida contra todos os títulos de dívida pública tampouco devem ser levados a sério.



Essas são as boas notícias. A má é que os problemas da Grécia são maiores do que os líderes europeus estão dispostos a reconhecer, mesmo agora -e se aplicam, em grau menor, a outros países europeus.

Muitos esperam que a tragédia grega termine em moratória. Estou cada vez mais convencido de que estão sendo otimistas e que a moratória será acompanhada ou seguida pelo abandono do euro.



De certa forma, estamos vendo a crônica de uma crise anunciada. Quando foi assinado o Tratado de Maastricht, que colocou a Europa no caminho para o euro, lembro-me de brincar que o local escolhido para a cerimônia deveria ser outra cidade holandesa. O tratado deveria ter sido assinado em Arnhem, local da infame “ponte longe demais” da Segunda Guerra Mundial, onde um plano militar aliado muito ambicioso terminou em desastre.



O problema, tão evidente em termos prospectivos quanto o é agora, está no fato de que faltam à Europa alguns dos atributos essenciais a uma zona cambial bem-sucedida. Acima de tudo, um governo central.



Considere a comparação muitas vezes oferecida entre a Grécia e a Califórnia. Os dois enfrentam problemas fiscais e ambos têm longo histórico de irresponsabilidade fiscal. E o impasse político na Califórnia é até pior que o grego -afinal, apesar de todas as manifestações, o Legislativo grego aprovou medidas de austeridade.



Mas os problemas fiscais da Califórnia não importam tanto quanto os da Grécia, mesmo para os moradores do Estado.



Por quê? Porque boa parte do dinheiro gasto na Califórnia vem de Washington, e não de Sacramento (a capital estadual). As verbas estaduais podem ser cortadas, mas os desembolsos do plano federal de saúde, os cheques de aposentadoria da Previdência e os pagamentos federais às fabricantes de material bélico continuam.



O que isso significa, entre outras coisas, é que os problemas orçamentários da Califórnia não impedirão o Estado de participar da recuperação econômica nacional mais ampla. Os cortes orçamentários na Grécia, por outro lado, terão forte efeito depressivo sobre uma economia já deprimida.



Assim, será que uma reestruturação de dívida -termo polido para calote parcial- é a resposta? Isso não ajudaria tanto quanto muitos imaginam, porque pagamentos de juros respondem por apenas uma parte do deficit orçamentário grego. Mesmo que suspenda completamente o serviço de sua dívida, o governo grego não liberaria dinheiro suficiente para evitar cortes orçamentários ferozes.



A única coisa que poderia reduzir a dor da Grécia seria uma recuperação econômica, que geraria mais arrecadação, diminuiria a necessidade de cortes de gastos e criaria empregos. Se a Grécia tivesse moeda própria, poderia tentar promover uma recuperação assim via desvalorização cambial, o que elevaria a competitividade das exportações. Mas o país usa o euro.



Assim, como tudo isso acabará? Em termos lógicos, vejo três caminhos para que a Grécia mantenha o euro.



Primeiro, os trabalhadores gregos precisam se redimir por meio de sofrimento, aceitando grandes cortes de salários que tornem a Grécia competitiva o bastante para promover crescimento no emprego.

Segundo, o BCE (Banco Central Europeu) poderia adotar uma política mais expansiva, via compra de largo volume de títulos de dívida pública e da aceitação da inflação resultante (que pode até ser bem-vinda).



Isso tornaria mais fáceis os ajustes na Grécia e nos demais países problemáticos do euro. Ou, terceiro, Berlim poderia desempenhar quanto a Atenas o papel que Washington desempenha sobre Sacramento -ou seja, os governos europeus mais fortes em termos fiscais poderiam oferecer assistência aos vizinhos mais fracos.



O problema, claro, é que nenhuma dessas alternativas parece viável politicamente.



O que resta parece impensável: que a Grécia abandone o euro. Mas, quando todas as demais saídas foram descartadas, é só isso que sobra.



Argentina



Caso aconteça, a situação transcorrerá mais ou menos como em 2001 na Argentina, cuja moeda tinha o dólar como âncora supostamente permanente e inflexível. Abandonar esse sistema era considerado impensável pelos mesmos motivos por que deixar o euro parece impossível: até sugerir a possibilidade causaria corridas paralisantes aos bancos.



Mas as corridas aconteceram, de qualquer forma, e o governo argentino impôs restrições de emergência aos saques. Isso deixou a porta aberta à desvalorização, e a Argentina atravessou aquela porta. Se algo parecido acontecer na Grécia, causará ondas de choque em toda a Europa e possivelmente deflagrará crises em outros países. Mas, a menos que os líderes europeus estejam dispostos a agir com muito maior ousadia do que demonstraram até agora, é nessa direção que caminhamos.



Tradução de PAULO MIGLIACCI