quinta-feira, 17 de outubro de 2013

The Logic of Scientific Discovery

“For myself, I am interested in science and in philosophy only because I want to learn something about the riddle of the world in which we live, and the riddle of man's knowledge of that world. And I believe that only a revival of interest in these riddles can save the sciences and philosophy from narrow specialization and from an obscurantist faith in the expert's special skill, and in his personal knowledge and authority; a faith that so well fits our 'post-rationalist' and 'post-critical' age, proudly dedicated to the destruction of the tradition of rational philosophy, and of rational thought itself.”
Karl Popper

Negro incendio



La noche está conmigo.
Después de un día revuelto y agujereado
he mirado de pronto a la ventana
y he visto el negro incendio.

Qué irreal, qué sorprendente es a veces lo conocido.
De qué extraña manera
de pronto estamos vivos.
De qué manera solapada y plácida
de pronto estamos muertos.

Alguien que me delate en esta sombra,
alguien que me defienda en esta noche,
alguien que salga fiador por mí,
alguien que me sujete a su impotencia,
alguien, un rostro, pero agora.


Francisca Aguirre | Triste Asombro

O Brasil como problema

"...Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando, lutando, como um cruzado, pelas causas que comovem. Elas são muitas demais: a salvação dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária. Na verdade somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que nos venceram nessas batalhas."


- Darcy Ribeiro, em "O Brasil como problema", 1995.

O Tempo e Eu

"Creio na bondade sem a garantia prévia da gratidão. Sem que se assegure da memória devedora. Sem que se estabeleça, pelo ato generoso, uma servidão vitalícia no beneficiado. Bondade paga-se no puro e simples ato de sua realização. Como um fruto justifica a existência útil da árvore. Bondade antevendo a recompensa é apólice de sociedade mutualista rendendo do capital intocável do favor inicial. Os pássaros não são devedores dos frutos e da água da fonte. Eles testificam, perante a natureza, a continuidade da missão cultural."


- Câmara Cascudo, em "O Tempo e Eu", Natal: UFRN/Imprensa Universitária, 1968.
"A educação corrente e formal, simplificadora das realidades do mundo, subordinada à lógica dos negócios, subserviente às noções de sucesso, ensina um humanismo sem coragem, mais destinado a ser um corpo de doutrina independente do mundo real que nos cerca, condenado a ser um humanismo silente, ultrapassado, incapaz de atingir uma visão sintética das coisas que existem, quando o humanismo verdadeiro tem de ser constantemente renovado, para não ser conformista e poder dar resposta às aspirações efetivas da sociedade, necessárias ao trabalho permanente de recomposição do homem livre, para que ele se ponha à altura do seu tempo histórico."


- Milton Santos

O ESTADO E A VIOLÊNCIA



“O Estado precisa reprimir e criminalizar toda e qualquer dissidência pelo simples motivo de que por qualquer pequena rachadura da ordem pode brotar a imensa torrente que nos unirá contra a ordem que o Estado garante.”


Mauro Iasi no Blog da Boitempo

a educação entre a sala de aula e a rua



“'A aprendizagem é a nossa própria vida', como Paracelso afirmou há cinco séculos, e também muitos outros que seguiram seu caminho, mas que talvez nunca tenham sequer ouvido seu nome. Mas para tornar essa verdade algo óbvio, como deveria ser, temos de reivindicar uma educação plena para toda a vida, para que seja possível colocar em perspectiva a sua parte formal, a fim de instituir, também aí, uma reforma radical. Isso não pode ser feito sem desafiar as formas atualmente dominantes de internalização, fortemente consolidadas a favor do capital pelo próprio sistema educacional formal. De fato, da maneira como estão as coisas hoje, a principal função da educação formal é agir como um cão-de-guarda 'ex-officio' e autoritário para induzir um conformismo generalizado em determinados modos de internalização, de forma a subordiná-los às exigências da ordem estabelecida. O fato de a educação formal não poder ter êxito na criação de uma conformidade universal não altera o fato de, no seu todo, ela estar orientada para aquele fim. Os professores e alunos que se rebelam contra tal desígnio fazem-no com a munição que adquiriram tanto dos seus companheiros rebeldes, dentro do domínio formal, quanto a partir da área mais ampla da experiência educacional ‘desde a juventude até a velhice’.”

—István Mészáros, “A educação para além do capital” ( http://bit.ly/H4Dikw )



Leia também "Educação: desenvolvimento contínuo da existência socialista", de István Mészáros, no Blog da Boitempo: http://bit.ly/18mBDkU

"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam." Jack Kerouac

Recital de Facundo Cabral

Yo tenía ojos y no veía.
Yo tenía boca y no hablaba.
Yo tenía manos y no tocaba.
Yo tenía pies y no caminaba.

Pero un día llegaste vos...

Y por tu amor comencé a ver
a oír, a tocar, a caminar.

¡Jamás te perdonaré que me hayas arrancado de mi valle de paz!"


 Facundo Cabral