terça-feira, 9 de outubro de 2018

Pessoas com mestrado e doutorado votam preferencialmente no Haddad


Pessoas com mestrado e doutorado votam preferencialmente no Haddad porque estudam mais, conhecem mais, pesquisam mais e debatem mais. Esta categoria concentra extraordinariamente a maior proporção relativa de eleitores do Haddad dentre todas as faixas de escolaridade. Uma pesquisa sobre a escolaridade dos eleitores que não leve este fator em consideração não avaliará corretamente a relação entre níveis educacionais elevados e escolhas políticas progressistas. As opiniões das universidades, institutos de pesquisa e de educação, dos mais diversos grupos intelectuais, educacionais, culturais, científicos, tecnológicos e artísticos expressam claramente o tipo de sociedade, o tipo de candidato que querem e repudiam o que não querem. Nenhum projeto para o Brasil pode prescindir do apoio desse grupo tão estratégico para o progresso nacional. .
RCO

As questões sociais e culturais são fundamentais para entendermos a lógica dos votos


As questões sociais e culturais são fundamentais para entendermos a lógica dos votos. Lembro do choque cultural quando entrei pela primeira vez em uma mesquita islâmica durante uma viagem a Istambul. Também lembro da única vez em que eu entrei em uma igreja evangélica em um casamento de uma pessoa distante relacionada com a minha esposa. Para falar a verdade eu nunca assisti um programa do Ratinho por mais de um minuto e nem nenhum programa popular de violência e assuntos policias inteiro. Os meus canais de rádio e de mídias são diferentes dos radialistas, jornalistas e atores eleitos na lista dos mais votados. Surpreendo-me quando descubro cantores, artistas, atores, páginas, circuitos sociais e políticos na internet, nas redes sociais, com centenas de milhares de curtidas nas quais eu nem sabia que existiam. Há vídeos e clips de fake news no WhatsApp que eu quase não consigo enxergar e que tem gigantescas visualizações. Para entender a lógica cultural e política dos estranhos mais votados é preciso entender outros mundos e circuitos sociais completamente diferentes e distantes dos nossos. Da mesma maneira temos muitas pessoas que nunca tiveram a oportunidade de frequentar uma instituição educacional crítica e de qualidade na sua vida, que nunca entraram e ficaram mais do que cinco minutos em uma biblioteca ou livraria, que nunca leram livros completos com mais densidade e complexidade, enfim, vítimas de uma sociedade extremamente desigual, violenta e alienante para a grande maioria. Os pontos de contato devem passar pelas ameaças aos direitos ainda existentes nas questões do mundo do trabalho, na regulação, salário e nos direitos trabalhistas, na luta pela educação pública, gratuita e de qualidade, na luta pela saúde social e coletiva, na previdência e ter direitos de aposentadoria, ser contra as privatizações do que é social como agenda dos lucros privados dos mais ricos, a necessidade do debate sobre políticas sociais e tributárias para a distribuição de renda, saber que a verdadeira segurança é a social da cidadania, tudo de modo a alertar e conscientizar as pessoas mais simples e desinformadas sobre o grave desastre que os candidatos de extrema direita e os mais ricos trarão para a imensa maioria.
RCO

Não houve renovação política nenhuma e nem voto antissistema no Paraná


Não houve renovação política nenhuma e nem voto antissistema no Paraná. Políticos profissionais, muito experientes e com fortes esquemas estatais, fortes estruturas familiares e de nepotismo, foram eleitos após muitos anos de trajetórias e carreiras com as mesmas práticas oligárquicas, conservadoras e de extrativismo estatal tradicional. Apenas mais do mesmo e uma substituição, uma alteração entre famílias políticas no controle do estado e do governo. O mesmo vale para a continuidade de famílias incrustadas no Estado há décadas, na representação legislativa, no Senado, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. Muitos dos principais nomes eleitos, com as maiores votações, dependem fortemente de estruturas familiares na sua atuação e reprodução política.

RCO

Breve etnografia do voto no Colégio Estadual Júlia Wanderley


Breve etnografia do voto no Colégio Estadual Júlia Wanderley, no Batel, bairro de classes mais elevadas em Curitiba, na boca de certo eleitorado do Dragão da Maldade. Um dos poucos momentos na vida da maioria dessas pessoas em que entram em uma instituição de educação pública. Fotos da professora homenageada com o nome do Colégio na entrada. Friozinho. Muito poucas camisas amarelas dessa vez, uma grande diminuição das últimas vezes. Uma madame até levou o cachorrinho para a seção eleitoral. Vi um ex-governador, um vereador de direita e candidato a deputado me cumprimentou, se não me enganei. Poucos jovens mais informais e críticos, um broche de arco-íris, um lencinho vermelho, mas o destaque foi um jovem com uma camisa do Pink Floyd - The Wall ! Ganhou o prêmio de protesto musical da manhã por lá ! Vi apenas uma negra conduzindo uma criança branca na mão. O voto no coiso já é um voto muito envergonhado e esses eleitores não querem se associar no visual ao imenso estrago que pode vir daí. Eles tinham mais orgulho do Aécio, do Serra, do Alckimin nas eleições passadas e caíram na real ao os abandonarem, pena que agora mirem o abismo do fascismo. Vamos ver no segundo turno plebiscitário


RCO

São várias as polarizações.




Há um discurso da pós verdade, estratégico, fácil de implantar num país onde por uma geração escolar [de 64 a 83] se fez a desconstrução da crítica nas escolas.
Há o mesmo discurso, mas de parte do povo, que por falta de crítica, comprou o discurso importado e quer o fim da corrupção. Eles não estão errados nisso.
Uma outra parcela do povo que comprou o discurso importado é o que tem síndrome do sr. de engenho. Ou que, com a diminuição das diferenças sociais não se sentiram capazes de se diferenciar e tiveram crise de identidade. Ou aqueles que em busca de ascensão social foram humilhados na dialética patrão/empregado e querem o direito de se vingarem humilhando também, como um processo natural do sistema capitalista.
Há um segundo discurso que é o que vem com a memória histórica clara e que agrega pequenos burgueses e aqueles que se confrontam com uma realidade menos favorecida. Esse discurso é o que quer impedir que o processo iniciado em 64 culmine com a entrega dos recursos nacionais às empresas multinacionais.
Ao mesmo tempo, no processo histórico da politica, a maioria dos caciques brancos desta República das Bananas foram sempre muito vulgares que tornam-se comerciantes chinfrins de interesses. São os que regulamentam as transações dos lobbys que representam em troca de muito dinheiro.
Mas não há dialética quando, por conta duma ignorância mórbida, o sujeito acha que sabe tudo. Cujo saber ele, de tanta incerteza, não questiona.

Ricardo A. Pozzo

Safatle: "Há um golpe militar em marcha no Brasil hoje"


domingo, 7 de outubro de 2018

El cocodrilo




En una noche de otoño hacía calor húmedo y yo fui a una ciudad que me era casi desconocida; la poca luz de las calles estaba atenuada por la humedad y por algunas hojas de los árboles. Entré a un café que estaba cerca de una iglesia, me senté a una mesa del fondo y pensé en mi vida. Yo sabía aislar las horas de felicidad y encerrarme en ellas; primero robaba con los ojos cualquier cosa descuidada de la calle o del interior de las casas y después la llevaba a mi soledad. Gozaba tanto al repasarla que si la gente lo hubiera sabido me hubiera odiado. Tal vez no me quedara mucho tiempo de felicidad. Antes yo había cruzado por aquellas ciudades dando conciertos de piano; las horas de dicha habían sido escasas, pues vivía en la angustia de reunir gentes que quisieran aprobar la realización de un concierto; tenía que coordinarlos, influirlos mutuamente y tratar de encontrar algún hombre que fuera activo. Casi siempre eso era como luchar con borrachos lentos y distraídos: cuando lograba traer uno el otro se me iba. Además yo tenía que estudiar y escribirme artículos en los diarios.
Desde hacía algún tiempo ya no tenía esa preocupación: alcancé a entrar en una gran casa de medias para mujer. Había pensado que las medias eran más necesarias que los conciertos y que sería más fácil colocarlas. Un amigo mío le dijo al gerente que yo tenía muchas relaciones femeninas, porque era concertista de piano y había recorrido muchas ciudades: entonces, podría aprovechar la influencia de los conciertos para colocar medias.

El gerente había torcido el gesto; pero aceptó, no sólo por la influencia de mi amigo, sino porque yo había sacado el segundo premio en las leyendas de propaganda para esas medias. Su marca era "Ilusión". Y mi frase había sido: "¿Quién no acaricia, hoy, una media Ilusión?". Pero vender medias también me resultaba muy difícil y esperaba que de un momento a otro me llamaran de la casa central y me suprimieran el viático. Al principio yo había hecho un gran esfuerzo. (La venta de medias no tenía nada que ver con mis conciertos: y yo tenía que entendérmelas nada más que con los comerciantes). Cuando encontraba antiguos conocidos les decía que la representación de una gran casa comercial me permitía viajar con independencia y no obligar a mis amigos a patrocinar conciertos cuando no eran oportunos. Jamás habían sido oportunos mis conciertos. En esta misma ciudad me habían puesto pretextos poco comunes: el presidente del Club estaba de mal humor porque yo lo había hecho levantar de la mesa de juego y me dijo que habiendo muerto una persona que tenía muchos parientes, media ciudad estaba enlutada. Ahora yo les decía: estaré unos días para ver si surge naturalmente el deseo de un concierto; pero le producía mala impresión el hecho de que un concertista vendiera medias. Y en cuanto a colocar medias, todas las mañanas yo me animaba y todas las noches me desanimaba; era como vestirse y desnudarse. Me costaba renovar a cada instante cierta fuerza grosera necesaria para insistir ante comerciantes siempre apurados. Pero ahora me había resignado a esperar que me echaran y trataba de disfrutar mientras me duraba el viático.

De pronto me di cuenta que había entrado al café un ciego con un arpa; yo le había visto por la tarde. Decidí irme antes de perder la voluntad de disfrutar de la vida; pero al pasar cerca de él volví a verlo con un sombrero de alas mal dobladas y dando vuelta los ojos hacia el cielo mientras hacía el esfuerzo de tocar; algunas cuerdas del arpa estaban añadidas y la madera clara del instrumento y todo el hombre estaban cubiertos de una mugre que yo nunca había visto. Pensé en mí y sentí depresión.

Cuando encendí la luz en la pieza de mi hotel, vi mi cama de aquellos días. Estaba abierta y sus varillas niqueladas me hacían pensar en una loca joven que se entregaba a cualquiera. Después de acostado apagué la luz pero no podía dormir. Volví a encendería y la bombita se asomó debajo de la pantalla como el globo de un ojo bajo un párpado oscuro. La apagué en seguida y quise pensar en el negocio de las medias pero seguí viendo por un momento, en la oscuridad, la pantalla de luz. Se había convertido a un color claro; después, su forma, como si fuera el alma en pena de la pantalla, empezó a irse hacia un lado y a fundirse en lo oscuro. Todo eso ocurrió en el tiempo que tardaría un secante en absorber la tinta derramada.

Al otro día de mañana, después de vestirme y animarme, fui a ver si el ferrocarril de la noche me había traído malas noticias. No tuve carta ni telegrama. Decidí recorrer los negocios de una de las calles principales. En la punta de esa calle había una tienda. Al entrar me encontré en una habitación llena de trapos y chucherías hasta el techo. Sólo había un maniquí desnudo, de tela roja, que en vez de cabeza tenía una perilla negra. Golpeé las manos y en seguida todos los trapos se tragaron el ruido. Detrás del maniquí apareció una niña, como de diez años, que me dijo con mal modo:

-¿Qué quieres?

-¿Está el dueño?

-No hay dueño. La que manda es mi mamá.

-¿Ella no está?

-Fue a lo de doña Vicenta y viene en seguida.

Apareció un niño como de tres años. Se agarró de la pollera de la hermana y se quedaron un rato en fila, el maniquí, la niña y el niño. Yo dije:

-Voy a esperar.

La niña no contestó nada. Me senté en un cajón y empecé a jugar con el hermanito. Recordé que tenía un chocolatín de los que había comprado en el cine y lo saqué del bolsillo. Rápidamente se acercó el chiquilín y me lo quitó. Entonces yo me puse las manos en la cara y fingí llorar con sollozos. Tenía tapados los ojos y en la oscuridad que había en el hueco de mis manos abrí pequeñas rendijas y empecé a mirar al niño. Él me observaba inmóvil y yo cada vez lloraba más fuerte. Por fin él se decidió a ponerme el chocolatín en la rodilla. Entonces yo me reí y se lo di. Pero al mismo tiempo me di cuenta que yo tenía la cara mojada.

Salí de allí antes que viniera la dueña. Al pasar por una joyería me miré en un espejo y tenía los ojos secos. Después de almorzar estuve en el café; pero vi al ciego del arpa revolear los ojos hacia arriba y salí en seguida. Entonces fui a una plaza solitaria de un lugar despoblado y me senté en un banco que tenía enfrente un muro de enredaderas. Allí pensé en las lágrimas de la mañana. Estaba intrigado por el hecho de que me hubieran salido; y quise estar solo como si me escondiera para hacer andar un juguete que sin querer había hecho funcionar, hacía pocas horas. Tenía un poco de vergüenza ante mí mismo de ponerme a llorar sin tener pretexto, aunque fuera en broma, como lo había tenido en la mañana. Arrugué la nariz y los ojos, con un poco de timidez para ver si me salían las lágrimas; pero después pensé que no debería buscar el llanto como quien escurre un trapo; tendría que entregarme al hecho con más sinceridad; entonces me puse las manos en la cara. Aquella actitud tuvo algo de serio; me conmoví inesperadamente; sentí como cierta lástima de mí mismo y las lágrimas empezaron a salir. Hacía rato que yo estaba llorando cuando vi que de arriba del muro venían bajando dos piernas de mujer con medias "Ilusión" semibrillantes. Y en seguida noté una pollera verde que se confundía con la enredadera. Yo no había oído colocar la escalera. La mujer estaba en el último escalón y yo me sequé rápidamente las lágrimas; pero volví a poner la cabeza baja y como si estuviese pensativo. La mujer se acercó lentamente y se sentó a mi lado. Ella había bajado dándome la espalda y yo no sabía cómo era su cara. Por fin me dijo:

-¿Qué le pasa? Yo soy una persona en la que usted puede confiar...

Transcurrieron unos instantes. Yo fruncí el entrecejo como para esconderme y seguir esperando. Nunca había hecho ese gesto y me temblaban las cejas. Después hice un movimiento con la mano como para empezar a hablar y todavía no se me había ocurrido qué podría decirle. Ella tomó de nuevo la palabra:

-Hable, hable nomás. Yo he tenido hijos y sé lo que son penas.

Yo ya me había imaginado una cara para aquella mujer y aquella pollera verde. Pero cuando dijo lo de los hijos y las penas me imaginé otra. Al mismo tiempo dije:

-Es necesario que piense un poco.

Ella contestó:

-En estos asuntos, cuanto más se piensa es peor.

De pronto sentí caer, cerca de mí, un trapo mojado. Pero resultó ser una gran hoja de plátano cargada de humedad. Al poco rato ella volvió a preguntar:

-Dígame la verdad, ¿cómo es ella?

Al principio a mí me hizo gracia. Después me vino a la memoria una novia que yo había tenido. Cuando yo no la quería acompañar a caminar por la orilla de un arroyo -donde ella se había paseado con el padre cuando él vivía- esa novia mía lloraba silenciosamente. Entonces, aunque yo estaba aburrido de ir siempre por el mismo lado, condescendía. Y pensando en esto se me ocurrió decir a la mujer que ahora tenía al lado:

-Ella era una mujer que lloraba a menudo.

Esta mujer puso sus manos grandes y un poco coloradas encima de la pollera verde y se rió mientras me decía:

-Ustedes siempre creen en las lágrimas de las mujeres.

Yo pensé en las mías; me sentí un poco desconcertado, me levanté del banco y le dije:

-Creo que usted está equivocada. Pero igual le agradezco el consuelo.

Y me fui sin mirarla.

Al otro día, cuando ya estaba bastante adelantada la mañana, entré a una de las tiendas más importantes. El dueño extendió mis medias en el mostrador y las estuvo acariciando con sus dedos cuadrados un buen rato. Parecía que no oía mis palabras. Tenía las patillas canosas como si se hubiera dejado en ellas el jabón de afeitar. En esos instantes entraron varias mujeres; y él, antes de irse, me hizo señas de que no me compraría, con uno de aquellos dedos que habían acariciado las medías. Yo me quedé quieto y pensé en insistir; tal vez pudiera entrar en conversación con él, más tarde, cuando no hubiera gente; entonces le hablaría de un yugo que disuelto en agua le teñiría las patillas. La gente no se iba y yo tenía una impaciencia desacostumbrada; hubiera querido salir de aquella tienda, de aquella ciudad y de aquella vida. Pensé en mi país y en muchas cosas más. Y de pronto, cuando ya me estaba tranquilizando, tuve una idea: "¿Qué ocurriría si yo me pusiera a llorar aquí, delante de toda la gente?". Aquello me pareció muy violento; pero yo tenía deseos, desde hacía algún tiempo, de tantear el mundo con algún hecho desacostumbrado; además yo debía demostrarme a mí mismo que era capaz de una gran violencia. Y antes de arrepentirme me senté en una sillita que estaba recostada al mostrador; y rodeado de gente, me puse las manos en la cara y empecé a hacer ruido de sollozos. Casi simultáneamente una mujer soltó un grito y dijo: "Un hombre está llorando". Y después oí el alboroto y pedazos de conversación: "Nena, no te acerques"... "Puede haber recibido alguna mala noticia"... "Recién llegó el tren y la correspondencia no ha tenido tiempo"... "Puede haber recibido la noticia por telegrama"... Por entre los dedos vi una gorda que decía: "Hay que ver cómo está el mundo. ¡Si a mí no me vieran mis hijos, yo también lloraría!". Al principio yo estaba desesperado porque no me salían lágrimas; y hasta pensé que lo tomarían como una burla y me llevarían preso. Pero la angustia y la tremenda fuerza que hice me congestionaron y fueron posibles las primeras lágrimas. Sentí posarse en mi hombro una mano pesada y al oír la voz del dueño reconocí los dedos que habían acariciado las medias. Él decía:

-Pero compañero, un hombre tiene que tener más ánimo...

Entonces yo me levanté como por un resorte; saqué las dos manos de la cara, la tercera que tenía en el hombro, y dije con la cara todavía mojada:

-¡Pero si me va bien! ¡Y tengo mucho ánimo! Lo que pasa es que a veces me viene esto; es como un recuerdo...

A pesar de la expectativa y del silencio que hicieron para mis palabras, oí que una mujer decía:

-¡Ay! Llora por un recuerdo...

Después el dueño anunció:

-Señoras, ya pasó todo.

Yo me sonreía y me limpiaba la cara. En seguida se removió el montón de gente y apareció una mujer chiquita, con ojos de loca, que me dijo:

-Yo lo conozco a usted. Me parece que lo vi en otra parte y que usted estaba agitado.

Pensé que ella me habría visto en un concierto sacudiéndome en un final de programa; pero me callé la boca. Estalló conversación de todas las mujeres y algunas empezaron a irse. Se quedó conmigo la que me conocía. Y se me acercó otra que me dijo:

-Ya sé que usted vende medias. Casualmente yo y algunas amigas mías...

Intervino el dueño:

-No se preocupe, señora (y dirigiéndose a mí): Venga esta tarde.

-Me voy después del almuerzo. ¿Quiere dos docenas?

-No, con media docena...

-La casa no vende por menos de una...

Saqué la libreta de ventas y empecé a llenar la hoja del pedido escribiendo contra el vidrio de una puerta y sin acercarme al dueño. Me rodeaban mujeres conversando alto. Yo tenía miedo que el dueño se arrepintiera. Por fin firmó el pedido y yo salí entre las demás personas.

Pronto se supo que a mí me venía "aquello" que al principio era como un recuerdo. Yo lloré en otras tiendas y vendí más medias que de costumbre. Cuando ya había llorado en varias ciudades mis ventas eran como las de cualquier otro vendedor.

Una vez me llamaron de la casa central -yo ya había llorado por todo el norte de aquel país- esperaba turno para hablar con el gerente y oí desde la habitación próxima lo que decía otro corredor:

-Yo hago todo lo que puedo; ¡pero no me voy a poner a llorar para que me compren!

Y la voz enferma del gerente le respondió:

-Hay que hacer cualquier cosa; y también llorarles...

El corredor interrumpió:

-¡Pero a mí no me salen lágrimas!

Y después de un silencio, el gerente:

-¿Cómo, y quién le ha dicho?

-¡Sí! Hay uno que llora a chorros...

La voz enferma empezó a reírse con esfuerzo y haciendo intervalos de tos. Después oí chistidos y pasos que se alejaron.

Al rato me llamaron y me hicieron llorar ante el gerente, los jefes de sección y otros empleados. Al principio, cuando el gerente me hizo pasar y las cosas se aclararon, él se reía dolorosamente y le salían lágrimas. Me pidió, con muy buenas maneras, una demostración; y apenas accedí entraron unos cuantos empleados que estaban detrás de la puerta. Se hizo mucho alboroto y me pidieron que no llorara todavía. Detrás de una mampara, oí decir:

-Apúrate, que uno de los corredores va a llorar.

-¿Y por qué?

-¡Yo qué sé!

Yo estaba sentado al lado del gerente, en su gran escritorio; habían llamado a uno de los dueños, pero él no podía venir. Los muchachos no se callaban y uno había gritado: "Que piense en la mamita, así llora más pronto". Entonces yo le dije al gerente.

-Cuando ellos hagan silencio, lloraré yo.

Él, con su voz enferma, los amenazó y después de algunos instantes de relativo silencio yo miré por una ventana la copa de un árbol -estábamos en un primer piso- , me puse las manos en la cara y traté de llorar. Tenía cierto disgusto. Siempre que yo había llorado los demás ignoraban mis sentimientos; pero aquellas personas sabían que yo lloraría y eso me inhibía. Cuando por fin me salieron lágrimas saqué una mano de la cara para tomar el pañuelo y para que me vieran la cara mojada. Unos se reían y otros se quedaban serios; entonces yo sacudí la cara violentamente y se rieron todos. Pero en seguida hicieron silencio y empezaron a reírse. Yo me secaba las lágrimas mientras la voz enferma repetía: "Muy bien, muy bien". Tal vez todos estuvieron desilusionados. Y yo me sentía como una botella vacía y chorreada; quería reaccionar, tenía mal humor y ganas de ser malo. Entonces alcancé al gerente y le dije:

-No quisiera que ninguno de ellos utilizara el mismo procedimiento para la venta de medias y desearía que la casa reconociera mi... iniciativa y que me diera exclusividad por algún tiempo.

-Venga mañana y hablaremos de eso.

Al otro día el secretario ya había preparado el documento y leía: "La casa se compromete a no utilizar y a hacer respetar el sistema de propaganda consistente en llorar..." Aquí los dos se rieron y el gerente dijo que aquello estaba mal. Mientras redactaban el documento, yo fui paseándome hasta el mostrador. Detrás de él había una muchacha que me habló mirándome y los ojos parecían pintados por dentro.

-¿Así que usted llora por gusto?

-Es verdad.

-Entonces yo sé más que usted. Usted mismo no sabe que tiene una pena.

Al principio yo me quedé pensativo; y después le dije:

-Mire: no es que yo sea de los más felices; pero sé arreglarme con mi desgracia y soy casi dichoso.

Mientras me iba -el gerente me llamaba- alcancé a ver la mirada de ella: la había puesto encima de mí como si me hubiera dejado una mano en el hombro.

Cuando reanudé las ventas, yo estaba en una pequeña ciudad. Era un día triste y yo no tenía ganas de llorar. Hubiera querido estar solo, en mi pieza, oyendo la lluvia y pensando que el agua me separaba de todo el mundo. Yo viajaba escondido detrás de una careta con lágrimas; pero yo tenía la cara cansada.

De pronto sentí que alguien se había acercado preguntándome:

-¿Qué le pasa?

Entonces yo, como el empleado sorprendido sin trabajar, quise reanudar mi tarea y poniéndome las manos en la cara empecé a hacer los sollozos.

Ese año yo lloré hasta diciembre, dejé de llorar en enero y parte de febrero, empecé a llorar de nuevo después de carnaval. Aquel descanso me hizo bien y volví a llorar con ganas. Mientras tanto yo había extrañado el éxito de mis lágrimas y me había nacido como cierto orgullo de llorar. Eran muchos más los vendedores; pero un actor que representara algo sin previo aviso y convenciera al público con llantos...

Aquel nuevo año yo empecé a llorar por el oeste y llegué a una ciudad donde mis conciertos habían tenido éxito; la segunda vez que estuve allí, el público me había recibido con una ovación cariñosa y prolongada; yo agradecía parado junto al piano y no me dejaban sentar para iniciar el concierto. Seguramente que ahora daría, por lo menos, una audición. Yo lloré allí, por primera vez, en el hotel más lujoso; fue a la hora del almuerzo y en un día radiante. Ya había comido y tomado café, cuando de codos en la mesa, me cubrí la cara con las manos. A los pocos instantes se acercaron algunos amigos que yo había saludado; los dejé parados algún tiempo y mientras tanto, una pobre vieja -que no sé de dónde había salido- se sentó a mi mesa y yo la miraba por entre los dedos ya mojados. Ella bajaba la cabeza y no decía nada; pero tenía una cara tan triste que daban ganas de ponerse a llorar...

El día en que yo di mi primer concierto tenía cierta nerviosidad que me venía del cansancio; estaba en la última obra de la primera parte del programa y tomé uno de los movimientos con demasiada velocidad; ya había intentado detenerme; pero me volví torpe y no tenía bastante equilibrio ni fuerza; no me quedó otro recurso que seguir; pero las manos se me cansaban, perdía nitidez, y me di cuenta de que no llegaría al final. Entonces, antes de pensarlo, ya había sacado las manos del teclado y las tenía en la cara; era la primera vez que lloraba en escena.

Al principio hubo murmullos de sorpresa y no sé por qué alguien intentó aplaudir, pero otros chistaron y yo me levanté. Con una mano me tapaba los ojos y con la otra tanteaba el piano y trataba de salir del escenario. Algunas mujeres gritaron porque creyeron que me caería en la platea; y ya iba a franquear una puerta del decorado, cuando alguien, desde el paraíso me gritó:

-¡Cocodriiilooooo!!

Oí risas; pero fui al camerín, me lavé la cara y aparecí en seguida y con las manos frescas terminé la primera parte. Al final vinieron a saludarme muchas personas y se comentó lo de "cocodrilo". Yo les decía:

-A mí me parece que el que me gritó eso tiene razón: en realidad yo no sé por qué lloro; me viene el llanto y no lo puedo remediar, a lo mejor me es tan natural como lo es para el cocodrilo. En fin, yo no sé tampoco por qué llora el cocodrilo.

Una de las personas que me habían presentado tenía la cabeza alargada; y como se peinaba dejándose el pelo parado, la cabeza hacía pensar en un cepillo. Otro de la rueda lo señaló y me dijo:

-Aquí, el amigo es médico. ¿Qué dice usted, doctor?

Yo me quedé pálido. Él me miró con ojos de investigador policial y me preguntó:

-Dígame una cosa: ¿cuándo llora más usted, de día o de noche?

Yo recordé que nunca lloraba en la noche porque a esa hora no vendía, y le respondí:

-Lloro únicamente de día.

No recuerdo las otras preguntas. Pero al final me aconsejó:

-No coma carne. Usted tiene una vieja intoxicación.

A los pocos días me dieron una fiesta en el club principal. Alquilé un frac con chaleco blanco impecable y en el momento de mirarme al espejo pensaba: "No dirán que este cocodrilo no tiene la barriga blanca. ¡Caramba! Creo que ese animal tiene papada como la mía. Y es voraz..."

Al llegar al Club encontré poca gente. Entonces me di cuenta que había llegado demasiado temprano. Vi a un señor de la comisión y le dije que deseaba trabajar un poco en el piano. De esa manera disimularía el madrugón. Cruzamos una cortina verde y me encontré en una gran sala vacía y preparada para el baile. Frente a la cortina y al otro extremo de la sala estaba el piano. Me acompañaron hasta allí el señor de la comisión y el conserje; mientras abrían el piano -el señor tenía cejas negras y pelo blanco- me decía que la fiesta tendría mucho éxito, que el director del liceo -amigo mío- diría un discurso muy lindo y que él ya lo había oído; trató de recordar algunas frases, pero después decidió que sería mejor no decirme nada. Yo puse las manos en el piano y ellos se fueron. Mientras tocaba pensé: "Esta noche no lloraré... quedaría muy feo... el director del liceo es capaz de desear que yo llore para demostrar el éxito de su discurso. Pero yo no lloraré por nada del mundo".

Hacía rato que veía mover la cortina verde; y de pronto salió de entre sus pliegues una muchacha alta y de cabellera suelta; cerró los ojos como para ver lejos; me miraba y se dirigía a mí trayendo algo en una mano; detrás de ella apareció una sirvienta que la alcanzó y le empezó a hablar de cerca. Yo aproveché para mirarle las piernas y me di cuenta que tenía puesta una sola media; a cada instante hacía movimientos que indicaban el fin de la conversación; pero la sirvienta seguía hablándole y las dos volvían al asunto como a una golosina. Yo seguí tocando el piano y mientras ellas conversaban tuve tiempo de pensar: "¿Qué querrá con la media?... ¿Le habrá salido mala y sabiendo que yo soy corredor...? ¡Y tan luego en esta fiesta!"

Por fin vino y me dijo:

-Perdone, señor, quisiera que me firmara una media.

Al principio me reí; y en seguida traté de hablarle como si ya me hubieran hecho ese pedido otras veces. Empecé a explicarle cómo era que la media no resistía la pluma; yo ya había solucionado eso firmando una etiqueta y después la interesada la pegaba en la media. Pero mientras daba estas explicaciones mostraba la experiencia de un antiguo comerciante que después se hubiera hecho pianista. Ya me empezaba a invadir la angustia, cuando ella se sentó en la silla del piano, y al ponerse la media me decía:

-Es una pena que usted me haya resultado tan mentiroso... debía haberme agradecido la idea.

Yo había puesto los ojos en sus piernas; después los saqué y se me trabaron las ideas. Se hizo un silencio de disgusto. Ella, con la cabeza inclinada, dejaba caer el pelo; y debajo de aquella cortina rubia, las manos se movían como si huyeran. Yo seguía callado y ella no terminaba nunca. Al fin la pierna hizo un movimiento de danza, y el pie, en punta, calzó el zapato en el momento de levantarse, las manos le recogieron el pelo y ella me hizo un saludo silencioso y se fue.

Cuando empezó a entrar gente fui al bar. Se me ocurrió pedir whisky. El mozo me nombró muchas marcas y como yo no conocía ninguna le dije:

-Déme de esa última.

Trepé a un banco del mostrador y traté de no arrugarme la cola del frac. En vez de cocodrilo debía parecer un loro negro. Estaba callado, pensaba en la muchacha de la media y me trastornaba el recuerdo de sus manos apuradas.

Me sentí llevado al salón por el director del liceo. Se suspendió un momento el baile y él dijo su discurso. Pronunció varias veces las palabras "avatares" y "menester". Cuando aplaudieron yo levanté los brazos como un director de orquesta antes de "atacar" y apenas hicieron silencio dije:

-Ahora que debía llorar no puedo. Tampoco puedo hablar y no puedo dejar por más tiempo separados los que han de juntarse para bailar-. Y terminé haciendo una cortesía.

Después de mi vuelta, abracé al director del liceo y por encima de su hombro vi la muchacha de la media. Ella me sonrió y levantó su pollera del lado izquierdo y me mostró el lugar de la media donde había pegado un pequeño retrato mío recortado de un programa. Yo me sentí lleno de alegría pero dije una idiotez que todo el mundo repitió:

-Muy bien, muy bien, la pierna del corazón.

Sin embargo yo me sentí dichoso y fui al bar. Subí de nuevo a un banco y el mozo me preguntó:

-¿Whisky Caballo Blanco?

Y yo, con el ademán de un mosquetero sacando una espada:

-Caballo Blanco o Loro Negro.

Al poco rato vino un muchacho con una mano escondida en la espalda:

-El Pocho me dijo que a usted no le hace mala impresión que le digan "Cocodrilo".

-Es verdad, me gusta.

Entonces él sacó la mano de la espalda y me mostró una caricatura. Era un gran cocodrilo muy parecido a mí; tenía una pequeña mano en la boca, donde los dientes eran un teclado; y de la otra mano le colgaba una media; con ella se enjugaba las lágrimas.

Cuando los amigos me llevaron a mi hotel yo pensaba en todo lo que había llorado en aquel país y sentía un placer maligno en haberlos engañado; me consideraba como un burgués de la angustia. Pero cuando estuve solo en mi pieza, me ocurrió algo inesperado: primero me miré en el espejo; tenía la caricatura en la mano y alternativamente miraba al cocodrilo y a mi cara. De pronto y sin haberme propuesto imitar al cocodrilo, mi cara, por su cuenta, se echó a llorar. Yo la miraba como a una hermana de quien ignoraba su desgracia. Tenía arrugas nuevas y por entre ellas corrían las lágrimas. Apagué la luz y me acosté. Mi cara seguía llorando; las lágrimas resbalaban por la nariz y caían por la almohada. Y así me dormí. Cuando me desperté sentí el escozor de las lágrimas que se habían secado. Quise levantarme y lavarme los ojos; pero tuve miedo que la cara se pusiera a llorar de nuevo. Me quedé quieto y hacía girar los ojos en la oscuridad, como aquel ciego que tocaba el arpa.

FIN

 de Felisberto Hernández

25 Jul 2012

Biblioteca Digital Ciudad Seva

sábado, 6 de outubro de 2018

UM ANO DEPOIS.




'Lei não é feita para bandido, o Brasil ama a ordem e o progresso'

“Brasileiros amantes da pátria, venho a público em cadeia nacional, um ano após nossa grande vitória nas eleições de 2018, para anunciar medidas que nosso governo tomará contra o grave momento por que passamos. As forças subversivas que lutam dentro de nosso país contra os interesses supremos da pátria, aliados ao comunismo internacional, se voltaram contra as reformas que implementamos neste ano de 2019, semeando mentiras, cizânias e fake news entre o povo.

Quando flexibilizamos as leis de trabalho para garantir que os empresários voltassem a empregar mais, tirando entulhos que eles chamavam de ‘direitos’, esses delinquentes foram capazes de sorrateiramente convencer gente ingênua de que nós estávamos apenas governando para os ricos. Porra, quando eu falei que era melhor ter menos direitos e emprego do que mais direitos e desemprego parece que teve gente que não entendeu. O cara fica sonhando com férias, 13º, acordo coletivo, mas ninguém queria contratar.

Então a gente liberou e os empregos apareceram, tá OK?

Aí veio essa gente dizendo que os salários desses empregos eram muito mais baixos e sem garantias, que minha política era responsável por deixar os pobres ainda mais pobres, mesmo trabalhando mais e em condições piores, enquanto diminuía os impostos dos ricos. Eu botei uma alíquota única para o imposto de renda, 20% para todo mundo, e teve gente que ainda reclamou que os mais pobres perderam sua isenção fiscal. Mas todo mundo tem que colaborar. Todo mundo tem que pensar no Brasil.

Só que esse pessoal se aproveitou para criar aquela balbúrdia que vocês viram. O governo não ia deixar o país parar por causa daquelas greves e manifestações na rua. Mandei mesmo a polícia intervir. Fazer o que se aqueles vermelhos foram para cima das forças da ordem e elas reagiram? Porra, vocês acham o quê? Se teve 14 mortes, paciência. Esse país não vai virar uma Venezuela.

Depois, veio uma ONG estrangeira, dessa gente que fica comparando o Brasil às Filipinas e à Turquia, para dizer que o aumento da violência neste ano foi gerado pelo aumento da desigualdade e pela concentração de renda que meu governo teria produzido. Conversa. Violência é coisa de bandido, chega de passar a mão na cabeça de malandro. Só que esse pessoal ainda fica rodando o mundo com as cenas daqueles dois garotos que entraram em uma escola de elite de São Paulo e metralharam 25.

O que isso tem a ver com a liberação do porte de armas que fizemos no meu governo? Tudo isso é coisa de gente mal intencionada, tá OK? Hoje, os professores andam armados e estão mais seguros. Por isso, mandei essas ONGs para fora do país e aprovamos uma Lei da Informação verdadeira. Quem mentir dançou. Cadeia.

Agora, tem gente de novo na rua dizendo que eu não estou nem aí com a saúde pública, que está tudo sucateado e o povo apodrece em fila de hospital porque não aumentei os recursos para o SUS. Eu tinha dito que não ia aumentar mesmo, que não precisava disso. Mas aqueles médicos cubanos vieram com essa história de terem que tirar dinheiro do próprio bolso para comprar medicamentos para os pacientes. É coisa de cubano.

Juntou esse povo com os estudantes riquinhos que perderam sua mamata porque as universidades públicas agora são pagas e cortamos a verba desse pessoal que tinha fetiche de diploma. Aquilo era só doutrinação comunista e gayzista, ninguém vai sentir falta dos 5.000 professores que botamos para fora porque só faziam doutrinação.

Os pais têm que se preocupar com o ensino fundamental. Universidade para quê? O que falta é educação moral e cívica. Agora, se não tem gente que quer ser professor de ensino fundamental porque as tais condições de trabalho são ruins, paciência. Vamos fazer tudo a distância. E não venha falar em queda de qualidade. Esse pessoal gostava mesmo era da época em que o governo distribuía kit gay para nossas crianças.

Por tudo isso, eu e meu vice, o general Mourão, estamos decretando estado de exceção para limpar de uma vez por todas este país dessa escória e garantir o crescimento, a prosperidade e a paz social. Lei não é feita para bandido. O Brasil ama a ordem e o progresso. Boa noite.”

Vladimir Safatle

FOLHA DE SP, 05.1O.18



A cada trinta anos a direita brasileira embarca em aventuras irresponsáveis e furadas que sempre impedem o país de entrar no clube dos países socialmente mais desenvolvidos. Sempre uma figura medíocre, caricata, patética e sem partido político posando de pretenso salvador da pátria. Jânio Quadros, Collor e agora Bozo completam o trio. Os alertas e sinais foram dados e lembremos do clássico da literatura, "O Tambor", de Günter Grass, sobre o cotidiano da ascensão de outro político histriônico e mentecapto na Alemanha Nazista causando graves problemas. Leiam o livro ou vejam o filme. Ainda temos poucos dias e um segundo turno para derrotarmos mais este lamentável equívoco político com o Professor Haddad e Manuela, da mesma maneira que a autêntica social-democracia civilizou o capitalismo na Europa e tanto é necessária em uma sociedade tão bárbara e desigual como a brasileira. Batam o tambor das ideias, protestem, reflitam e reclamem ! Mais cedo ou mais tarde seremos escutados sobre o que avisamos !

RCO

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

O reconhecimento da historicidade da situação de subdesenvolvimento requer mais do que assinalar as características estruturais das economias subdesenvolvidas. Há que se analisar, com efeito, como as economias subdesenvolvidas vinculam-se historicamente ao mercado mundial e a forma em que se constituíram os grupos sociais internos que conseguiram definir as relações orientadas para o exterior que o subdesenvolvimento supõe.
(CARDOSO, Fernando Henrique; FALETTO, Enzo. Dependência e desenvolvimento na América Latina - ensaio de interpretação sociológica. Rio de Janeiro: LTC, 1970).

FALTAM 3 DIAS PARA CHEGARMOS Á CONSAGRAÇÃO DA DEGRADAÇÃO




Sexta, sabado, e o domingo da ignominia, com a ascenção do que ha de mais lamentavel ,deploravel, vulneravel. Até a semana passada, o líder da chapa fardada, batia no peito e retumbava sua honestidade. Ninguem contestava, parecia verdade. Mas começando a 10 ou 12 dias, tudo isso submergiu e naufragou, carregado pela torrente de acusações. Provadas e comprovadas.
Começou com as confissões espantosas de uma das ex-mulheres. Disse horrores sobre ele, inclusive gravando para o Itamaraty, um documento em que afirma, entre outras coisas, " fui ameaçada de morte, tive que fugir para a Noruega". Desmentiu tudo, em troca de muitas entrevistas e o apoio dele á candidatura a deputado federal. Aparece sempre, orgulhosa, com a inscrição na camisa, Cristiane BOLSONARO.
A confissão, a reconciliação, os desmentidos, comprometem irrevogavelmente os dois.(Mas os institutos de pesquisa, não tomam conhecimento do fato. Dão destaque á suposta e não comprovada corrupção do Lula, e inocentam Bolsonaro para todo o sempre, nem examinam a repercussão eleitoral do fato escandaloso e escabroso.
Tinham obrigação de avaliar o fato, qualquer que fosse a conclusão).
Logo depois, passadas apenas 72 horas, veio a estrondosa reportagem de muitas paginas da revista Veja. Acusações em cima de acusações, provas de sonegação de anos e anos. E a revelação da propriedade de inúmeros imoveis, jamais declarados. O responsavel por todas essas irregularidades, confortavelmente silencioso no hospital residencia, carissimo.
( Mas o candidato favorecido pelos crimes e irregularidades, sempre esquecidos e ignorados, não tem problema de dinheiro. A JBS, dosirmãos bandidos Batista, doaram 23 milhões em dinheiro ao seu partidinho. E garantiram:"Se for para o segundo turno, haverá muito mais". Como tudo isso é ignorado e não investigado, é logico, claro e evidente, que ele irá para o segundo turno).
Ratificando as denuncias da Veja, o Jornal Nacional da Globo,transcreveu tudo, em 15 minutos ininterruptos. Isto não é elogio, é a constatação de que a televisão investigou tudo. Não iria correr o risco de se associar a uma materia que fosse FAKE .Nada aconteceu ao candidato, que as pesquisas continuam a exaltar e elevar insensatamente, á condição de praticament invencivel.
O TSE não podia fingir que não tem nada com isso, oficialmente não sabe de nada.Apesar dos fatos serem publicos, notorios e confirmados.
Apesar de estar com novo comando, o TSE segue a orientação-convicção dos então presidentes Toffoli e Gilmar Mendes, que vergonhosamente mantiveram Temer no poder, como presidente corrupto e usurpador.
Agora, direta e indiretamente, todos beneficiam o candidato da chapa fardada.Apesar dele afirmar,"só aceito o resultado, se for com a minha vitoria".O TSE devia exigir que ele explicasse o sentido da suaafirmação.
PS- Paro por aqui, só estou tratando do primeiro turno.
PS2-Espero que entre 7 e 28, eu tenha 21 dias para comentar os fatos publicos e de bastidores.
PS3- As duvidas rondam o espetaculo. Em 1963, governadores, generais e o proprio presidente da Republica, conspiravam.
PS4-Mas só eu fui preso e julgado pelo STF, por ter publicado uma carta sigilosa e confidencial, assinada pelo ministro do Exercito.
PS5- Que era o prologo de 64. Agora pode ser o epilogo.


Hélio Fernandes

Não adianta você ter uma Ferrari se você não puder desfrutar do prazer


Pessoal, chegamos em um ponto, que independentemente de Partido Político, de classe social, de credo, de raça, precisamos todos, de algum modo, nos unirmos. A violência só aumenta, não podemos mais sair tranquilamente na rua ou na frente de nossas casas. Vamos refletir, principalmente aqueles que são Candidatos. Chega de viver de números, de volúpia pela pedra vil. Não adianta você ter uma Ferrari se você não puder desfrutar do prazer que você quer ter, pilotando a mesma. Atenção Candidatos, pensem nisso. Vamos todos juntos, lutarmos pelo bem da nossa população, do nosso povo! Chega, basta de corrupção! Chega, basta de mentira! Chega, basta, já deu! Todos somos seres humanos, e todos somos "BRASIL"! Não pense e não haja mais individualmente, pensando em benefícios próprios! Vamos pensar e agir coletivamente, para o bem de todos! Estamos chegando, estamos nos aproximando de um tempo em que ou fazemos tudo para todos ou vamos desaguar em águas rasas e "perigosas"! Cuidado! Atenção! Inteligência! E principalmente "União" e "Humildade" gente! Chegou a hora de um ajudar o outro ou isso vai passar da hora e aí , depois, não adiantarão lamúrias...prestem atenção...prestem atenção aqueles que serão representantes do povo...e atenção "alunos", não visem apenas atingir a média mínima para obter aprovação, atenção alunos , visem o "conhecimento". Estudar não é fácil e pouquíssimos gostam, mas é preciso, é necessário! Nosso país, nossas empresas, clamam por qualificação! O Conhecimento é a porta de entrada para o sucesso e a tranquilidade, a paz e a segurança de todos! Pensem nisso, reflitam sobre isso e vamos colocar isso em prática!

Elizeu Rolim de Moura.

"Toda propriedade privada é um roubo " Senhor elizeu.

MORO CONTRA LULA


O juiz de Curitiba, não é tão inteligente ou competente quando imaginava. Esteve perto de se transformar em unanimidade nacional,lembrado e falado, até como presidenciável. Antes de decidir, foi aos EUA três vezes, para conversar.(Leia-se, receber as ordens definitivas). A primeira, nenhum obstaculo, liquidar definitivamente a candidatura Lula
Condenou-o a 9 anos pela "propriedade" do triplex.Ele mesmo afirmou, quando lhe perguntaram se "tinha provas solidas e incontestáveis".
Respondeu:"não tenho provas, mas confio muito nas minhas ilações e conclusões". Como 9 anos era pouco, precisava da segunda condenação para Lula ficar inelegível e ser preso, foi fácil combinar com os desembargadores do TRF4.
Mais 3 anos era facílimo, passou para 12 anos,o pessoal de Porto Alegre é compreensível.Mas a decisão de ontem, quebrando o sigilo da delação do corrupto Palocci, na parte em que acusa e denuncia o ex-presidente, é incompreensível . E provoca mais desgaste para Moro. O que falam em Curitiba e Brasilia:Vem ou viria por por ai uma nova condenação para o ex-presidente.
Explicação:Moro teria se acertado com os americanos, e estes estariam assustados. "Apenas" com a condenação de 12 anos, com a progressão da pena, e o tempo de prisão, em menos de 4 anos, o ex-presidente estaria em prisão domiciliar.
Querem que Moro cuide de mais uma condenação.Concordou imediatamente.
Quer ir para o STF na primeira vaga.


Helio Fernandes