Suave, serenamente,
Eu hoje acordei poesia.
Passei o meu dia versando você,
Olhava em seus olhos,
Distantes dos meus,
E a cada olhar,
Por demais atento,
Brotavam, em pensamento,
Versos que seriam seus.
Então desejei amar você.
Juntar palavras a te definir.
Mas antes que eu conseguisse
Definir-te em versos,
Com um simples gesto,
Mero falar,
Conseguiste de súbito
Meus versos quebrar
Cida Villela
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Poesia
A vida erótica da cidade
concentra-se nas suas zonas
erógenas
Este é o principio dado pelos deuses
gratuitamente Uma fila da cidade
e uma fila do corpo Desde as pontas
dos dedos desde o interior das mãos
até aos túneis de metro os arcos dos viadutos
e as pedras arrancadas com as unhas
das ruas empedradas
Antigamente – diz-me uma voz – o mistério
vivia nos templos Agora
só nos restam
estações e aeroportos
Nos cruzamentos
acendem-se semáforos
vermelhos
Um amigo
com uma covinha encantadora
no queixo
repara
cada situação
interpessoal
pode converter-se numa situação
erótica
A rua afoga-se
e morre de enfarte
Bohdan Zadura
concentra-se nas suas zonas
erógenas
Este é o principio dado pelos deuses
gratuitamente Uma fila da cidade
e uma fila do corpo Desde as pontas
dos dedos desde o interior das mãos
até aos túneis de metro os arcos dos viadutos
e as pedras arrancadas com as unhas
das ruas empedradas
Antigamente – diz-me uma voz – o mistério
vivia nos templos Agora
só nos restam
estações e aeroportos
Nos cruzamentos
acendem-se semáforos
vermelhos
Um amigo
com uma covinha encantadora
no queixo
repara
cada situação
interpessoal
pode converter-se numa situação
erótica
A rua afoga-se
e morre de enfarte
Bohdan Zadura
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