quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Fahrenheit 451

 (...) Gosto de observar as pessoas. Às vezes ando de metrô o dia todo e fico olhando e ouvindo o que elas dizem. Tento imaginar quem são e o que querem e para onde vão [...] Às vezes ando de mansinho pelo metrô só para ficar escutando. Ou fico à escuta nos bebedouros de refrigerantes, e sabe de uma coisa?
— O quê?
— As pessoas não conversam sobre nada.
— Ah, elas devem falar de alguma coisa!
— Não, de nada. O que mais falam é de marcas de carros ou roupas ou piscinas e dizem: "Que legal!".
Mas todos dizem a mesma coisa e ninguém diz nada diferente de ninguém.

Do romance "Fahrenheit 451" de Ray Bradbury

Que o ódio absurdo, injustificado, desumano que hoje aflorou de maneira virulenta abra os olhos daqueles que ainda não perceberam que a sociedade brasileira está em franco processo de deterioração, caminhando a passos largos para o conflito final.
O monstro criado para odiar a esquerda - personificada em Lula - está fora de controle.
Em nome desse ódio já perdemos a democracia, soberania, direitos, renda e empregos e hoje perdemos qualquer esperança de reconciliação com esses zumbis teleguiados que abdicaram da mínima decência.
Nos preparemos então para o inevitável, para o desfecho amargo dessa ópera bufa.
Se tivermos sorte, que o embate seja no campo das ideias, da política. Se não, que seja como tiver que ser; mas não entregaremos, sem resistência, o futuro de nossos filhos na mão desses monstros.

Fernando Lopez