segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Todo mundo é um teatro ,o que muda é a cena
 Os incluídos vão aceitar sua exclusão?
Penso que sim.
Nestas ocasiões, lembro a carta testamento de Getulio, em 1954. Algo assim: O povo que ajudei a libertar não será mais escravo de ninguém.
Dez anos depois, entrávamos em longas trevas.
Há incluídos que votaram contra as políticas de inclusão.
Conheci de perto três pessoas que melhoraram muito de vida graças às políticas de Lula.
Elas o odiavam.

(professor Renato Janine Ribeiro em seu facebook)

Andrè Castelo Branco Machado............................O Ney Leprevost tentou vencer as eleições disputando com o Greca apenas o anti-petismo. Chegou a afirmar à Folha que nunca votaria no PT, mas nada disse sobre o PSDB ou qualquer outro partido à direita.
Talvez, se a estratégia dele tivesse sido assumir compromissos sociais claros e um diálogo com os setores mais à esquerda, ele conseguisse atrair esse voto útil e quem sabe ganhar a eleição, como o Gustavo Fruet fez em 2012.

Certamente o Leprevost, independente do malabarismo, não mudaria a posição do PT, mas conseguiria atrair eleitoralmente uma parte significativa da base mais democrática da cidade que vota no partido e que identifica no Greca a representação direta do Richa.

Não fazendo isso, conseguiu apenas atrair os interesses mais fisiológicos de uma ala do PCdoB e de dissidentes do PT (hoje no PDT), que pouco tem influência popular, e fazer com que milhares de eleitores progressistas votassem pela primeira vez no nulo ou branco.

acredito que a direção do PT não seria atraída pelo Ney, como foi uma parte fisiológica do PCdoB e dos dissidentes do PT, mas ele atrairia sim uma base social progressista pelo voto útil. Isso não significa minha vontade, meu caro. É somente uma leitura do processo político, que ocorre independente da minha vontade. Eu votaria nulo, independente da mentira que o Ney ou o Greca contassem.


Anisio Garcez Homem ...........................Leprevost é um político de direita, tanto assim que tem atrás de si o MBL, e quis ganhar o eleitorado de direita fazendo um discurso conforme sua natureza de classe, acontece que esse eleitorado (talvez diferentemente do que Leprevost tenha acreditado) não estava em expansão, o que estava em expansão era um eleitorado querendo mudanças sociais mais profundas que as atuais instituições políticas reacionárias não podem absorver e a cúpula do PT não quer admitir e protagonizar.



Luiz Felipe Leprevost

amores e amigos, escrevi texto enorme de ontem pra hoje, tentando pensar, a partir do meu lugar de fala,
tentando pensar, como se diz, a COISA TODA. não vou postar ainda, gosto de deixar o texto respirar um pouco e então voltar a ele antes de contribuir com o grande lixão opiniático da internet. quem sabe eu poste meu "textão" de análise e ou desabafo e ou tentativa de comunicação com pessoas que gostam de refletir de maneira razoável, etc, enfim enfim. mas, entre estas aqui, algumas palavras sobre política eu direi. e só eu respondo por elas, mais ninguém, fique claro. são as que seguem:

estou a favor do movimento em nome da educação feito neste momento histórico pelos bravos estudantes secundaristas. espero que mais essa injustiça se resolva muito logo, com as exigências dos estudantes imediatamente começando a ser cumpridas pelo poder público que, constitucionalmente, tem por obrigação o ensino de qualidade

Geografia do voto

Ricardo Costa de Oliveira· ............................Como sou cidadão carioca e curitibano posso dizer que não houve praticamente nenhuma novidade na geografia do voto, na eleição do Rio de Janeiro e na de Curitiba. Vence no Rio quem vence da Leopoldina para cima, para dentro e se consolida de Bangu até a Zona Oeste. Brizola vencia assim, Lula e Dilma venceram assim. O PSOL não venceu porque ficou praticamente na Zona Sul. O emergente Crivella, mesmo evangélico e da família IURD, o que era um complicador, passou a imagem de sinhozinho branco, capturou o voto da direita lacerdista carioca, mas conseguiu mesmo dessa vez ser o candidato da Leopoldina pra dentro. Quando eu morava em Ipanema havia vários amigos que nunca tinham ido em toda a vida além da Tijuca e nem sabiam que Campo Grande existe como parte do município do Rio de Janeiro. Em Curitiba o Macedo, classe dominante tradicional, venceu nas áreas centrais, intermediárias e só perdeu na 175ª, não muito diferente do que aconteceu com Fruet e Ratinho. Na verdade essas eleições foram novamente eleições da reprodução familiar em muitas capitais como SP, PoA, Salvador, o que é a tendência da classe dominante brasileira na reprodução dos seus poderes sociais e políticos locais. Em São Paulo o PT já ganhou e perdeu várias vezes. Resultados municipais não definem antecipadamente resultados presidenciais. Se Temer seguir muito mal avaliado o PT será novamente muito competitivo em 2018 com Lula.

Firmino José Torres Ribeiro ......................Quem sabe sabe. Conjuga visão científica e prática política, a famosa práxis. Tem colega seu aí, Professor Ricardo Costa de Oliveira, que acha que tá abafando só com a visão formalista de gabinete. Assisti ao jogo de poder ontem e quase chorei. De raiva.

Ricardo Costa de Oliveira ........................As mesmas fronteiras sociais de sempre continuam existindo e atuando na geografia eleitoral, ou podemos resumir que a luta de classes está nos mesmos lugares, só que com atores diferentes neste ano e que continuarão em 2018, quiçá com Lula de novo na força do povo !

João Simões Lopes Filho......................... Mas Lula e Dilma venceram nessas áreas justamente se juntando à malta dos caciques de bairro do PMDB e da turma evangélica. O pragmatismo foi ótimo para ganhar eleições, mas não impediu as punhaladas.

Ricardo Costa de Oliveira....................... Sim, essa é a questão central, não só no RJ, mas no Brasil todo. Como vencer eleições e formar maiorias legislativas ? O PT só foi podado, só teve a sua barba cortada e aparada, potencialmente crescem de novo, o PT pode voltar a crescer na próxima temporada favorável. O PSOL não ocupou nenhum lugar novo em 2016, ou desalojou o PT para tomar o seu lugar na esquerda, na prática o PSOL só ajudou a expulsar o PT e instalar a direita. Se a esquerda vencer em 2018, Plano A é Lula, Plano B um Ciro, dessa vez o legislativo, a mídia e o judiciário serão confrontados desde o início, o que não aconteceu entre 2003-2015. Como serão essas novas lutas ? Aí está outra questão central ?

João Simões Lopes Filho.................... Como crescer de novo, se a velha base eleitoral cooptada não vai querer se juntar de novo?

Ricardo Costa de Oliveira................... Lula está em primeiro lugar em qualquer pesquisa de opinião. Lula cresce e carrega o PT junto com o aumento da crise do governo golpista de Temer.

João Simões Lopes Filho...................... Mas não basta ganhar a eleição, ele precisa de maioria na câmara. Dilma ganhou em 2014 e perdeu sua maioria sob o fogo cerrado da mídia. PP, PRB, PMDB são mercenários políticos que mudam de lado facilmente.