segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Andrè Castelo Branco Machado............................O Ney Leprevost tentou vencer as eleições disputando com o Greca apenas o anti-petismo. Chegou a afirmar à Folha que nunca votaria no PT, mas nada disse sobre o PSDB ou qualquer outro partido à direita.
Talvez, se a estratégia dele tivesse sido assumir compromissos sociais claros e um diálogo com os setores mais à esquerda, ele conseguisse atrair esse voto útil e quem sabe ganhar a eleição, como o Gustavo Fruet fez em 2012.

Certamente o Leprevost, independente do malabarismo, não mudaria a posição do PT, mas conseguiria atrair eleitoralmente uma parte significativa da base mais democrática da cidade que vota no partido e que identifica no Greca a representação direta do Richa.

Não fazendo isso, conseguiu apenas atrair os interesses mais fisiológicos de uma ala do PCdoB e de dissidentes do PT (hoje no PDT), que pouco tem influência popular, e fazer com que milhares de eleitores progressistas votassem pela primeira vez no nulo ou branco.

acredito que a direção do PT não seria atraída pelo Ney, como foi uma parte fisiológica do PCdoB e dos dissidentes do PT, mas ele atrairia sim uma base social progressista pelo voto útil. Isso não significa minha vontade, meu caro. É somente uma leitura do processo político, que ocorre independente da minha vontade. Eu votaria nulo, independente da mentira que o Ney ou o Greca contassem.


Anisio Garcez Homem ...........................Leprevost é um político de direita, tanto assim que tem atrás de si o MBL, e quis ganhar o eleitorado de direita fazendo um discurso conforme sua natureza de classe, acontece que esse eleitorado (talvez diferentemente do que Leprevost tenha acreditado) não estava em expansão, o que estava em expansão era um eleitorado querendo mudanças sociais mais profundas que as atuais instituições políticas reacionárias não podem absorver e a cúpula do PT não quer admitir e protagonizar.


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