quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Prokofiev - Dance of the Knights

Nesta última tarde em que respiro

Nesta última tarde em que respiro

A justa luz que nasce das palavras

E no largo horizonte se dissipa

Quantos segredos únicos, precisos,

E que altiva promessa fica ardendo

Na ausência interminável do teu rosto.

Pois não posso dizer sequer que te amei nunca

Senão em cada gesto e pensamento

E dentro destes vagos vãos poemas;

E já todos me ensinam em linguagem simples

Que somos mera fábula, obscuramente

Inventada na rima de um qualquer

Cantor sem voz batendo no teclado;

Desta falta de tempo, sorte, e jeito,

Se faz noutro futuro o nosso encontro

António Franco Alexandre

The Great October Socialist Revolution of 1917