quarta-feira, 27 de agosto de 2014

A policia defende o capital não o trabalho. O policial só tentou enquadrar os artistas por que alguém o chamou. Um logista com medo de perder vendas ?Não vejam só a árvore . A policia é só a arma do sistema ela não atira sozinha.

Wilson Roberto Nogueira
..Do lado israelense, milhares de joves estão abandonando o país. Os jovens mais cultos, os jovens mais bem sucedidos, os melhores profissionais estão indo embora do país, pois deixaram de acreditar no futuro.
Nós temos hoje, dezenas de milhares de jovens israelenses em Berlim, Londres e Nova York. Berlim está se tornando um grande foco de israelenses que perderam a esperança no futuro do país e é o melhor da juventude que está saindo e então esse cansaço que nós percebemosnos jovens palestinos, percebemos também nos jovens israelenses, mas se expressam de maneiras diferentes. 
E isso significa ganhar a guerra e perder a paz.
(Guila Flint, jornalista)

Morreram tantos israelenses (guerras árabe israelenses) para que os próprios israelenses (os sionistas ) matassem o sonho de um lar nacional?(Um país baseado no militarismo, no imperialismo e  no não reconhecimento do outro como sendo um sEu igual ,alimenta em si próprio a sua própria destruição). O inimigo externo e a chantagem com a manipulação de uma dor profunda ( A Shoah, o Holocausto )não são mais suficientes para fabricar cegos fanáticos em correr para o abismo moral.Para sobreviver Israel precisa se ver livre do Sionismo de direita e repensar Israel aceitando o Mundo a sua volta e particularmente a humanidade no árabe seu vizinho palestino.
Wilson Roberto Nogueira

'Para além da “cobertura adversária” que desqualifica permanentemente a política e os políticos, identificada pela socióloga Maria do Carmo Campello de Souza há quase trinta anos, a grande mídia brasileira historicamente atribui a si mesma o duplo papel de formadora e de representante da opinião pública. Ela reivindica a legitimidade que disfarçadamente não reconhece nas instituições políticas tradicionais da democracia representativa, vale dizer, políticos, partidos políticos, parlamentos nos seus diferentes níveis e, no limite, no presidente da República, eleito dentro das regras do Estado de Direito.
O exemplo emblemático desse comportamento foi a “rede da democracia”, movimento liderado pelo Globo, Diários Associados e Jornal do Brasil que antecedeu ao golpe de 1964 (cf. A Rede da Democracia, Aloysio Castelo de Carvalho, Editora da UFF/Nitpress, 2010). As “entrevistas” de 2014 parecem, todavia, indicar um passo adiante neste comportamento histórico.
Para além da “cobertura adversária” e de formadora/representante da opinião pública, a TV Globo se apresenta como um superpoder, que paira soberano acima dos poderes institucionalizados pelo processo eleitoral da democracia representativa.
Poder soberano ao qual todos os outros poderes – institucionalizados ou não – devem, incondicionalmente, explicações públicas.
O que representa simbolicamente o enfrentamento público assimétrico de dois jornalistas com candidatos ao mais alto cargo da democracia brasileira, inclusive com a candidata/presidente da República?
Quais grupos se fortalecem com o enfraquecimento e o desafio público a candidatos à Presidência da República e a ocupantes das mais altas posições na hierarquia das instituições democráticas?
Se uma candidata, no exercício da Presidência da República, pode ser destratada de forma agressiva e descortês publicamente em uma rede de televisão, por que não pode fazer o mesmo um cidadão comum?'
--por Venício Lima, via Observatório da Imprensa / Viomundo
"O silêncio é a minha maior tentação. As palavras, esse vício ocidental, estão gastas, envelhecidas, envilecidas. Fatigam, exasperam. E mentem, separam, ferem. Também apaziguam, é certo, mas é tão raro! Por cada palavra que chega até nós, ainda quente das entranhas do ser, quanta baba nos escorre em cima a fingir de música suprema! A plenitude do silêncio só os orientais a conhecem." - 
Andrade , Eugénio

OS AMANTES


Tradução de José Jeronymo Rivera

Quem os vê andar pela cidade
se todos estão cegos?
Eles se tomam as mãos: algo fala
entre seus dedos, línguas doces
lambem a húmida palma, correm pelas falanges,
e acima a noite está cheia de olhos.
São os amantes, sua ilha flutua à deriva
rumo a mortes na relva, rumo a portos
que se abrem nos lençóis.
Tudo se desordena por entre eles,
tudo encontra seu signo escamoteado;
porém eles nem mesmo sabem
que enquanto rodam em sua amarga arena
há uma pausa na criação do nada
o tigre é um jardim que brinca.
Amanhece nos camiões de lixo,
começam a sair os cegos,
o ministério abre suas portas.
Os amantes cansados se fitam e se tocam
uma vez mais antes de haurir o dia.
Já estão vestidos, já se vão pela rua.
E só então,
quando estão mortos, quando estão vestidos,
é que a cidade os recupera hipócrita
e lhes impõe os seus deveres quotidianos.


Julio Cortázar
Cumbre Vieja, perdimos
algo al subir del valle: la cabeza
o la velocidad del mundo.
No ver el cielo a veces es el cielo
y andar por el picón del Birigoyo,
quizás la salvación.
Llévame a caminar
por la quilla del mundo, Cumbre Vieja.
Tocar por una vez
el mar del firmamento.


Antonio Arroyo Silva

Democratizar es desmercantilizar


El Estado es un espacio de lucha hegemónica entre la esfera pública y la esfera mercantil, pudiendo ser tanto un Estado financierizado, cuanto un Estado refundado alrededor de la esfera pública. En el Estado, decía Pierre Bourdieu, siempre hay una mano derecha y una mano izquierda.
El neoliberalismo destroza al Estado e intenta imponernos la opción entre estatal y privado. Es decir, entre un Estado desarticulado por ellos o el mercado, que es lo se esconde detrás de lo que ellos llaman espacio privado.
Mientras que la disyuntiva es distinta: donde el neoliberalismo habla de esfera privada, lo que hay es la esfera mercantil. Y la esfera contrapuesta no es la esfera estatal, sino la esfera pública. La polarización que articula el campo teórico en la era neoliberal es la que se da entre esfera pública y esfera mercantil.
Democratizar nuestras sociedades es desmercantilizarlas, es transferir de la esfera mercantil hacia la esfera pública, la educación, la salud, la cultura, el trasporte, la habitación, es rescatar como derechos lo que el neoliberalismo impuso como mercancía.

Esa es la mayor batalla de la era neoliberal: la afirmación hegemónica de la esfera pública en contra de la esfera mercantil. Una sociedad justa es una sociedad centrada en la esfera pública, en la universalización de los derechos, en los ciudadanos, como sujetos de derecho; objetivos de los gobiernos posneoliberales.

EMIR SADER

Anatomia de um Golpe

Ricardo Chacal

Após a descoberta do pré-sal, o Brasil é uma das principais potências de petróleo do mundo. O monopólio estatal desse petróleo nas mãos de um governo não alinhado, contraria os interesses das grandes empresas transnacionais e por tabela dos Estados Unidos.
A Presidente Dilma Roussef, ex-presa política torturada pelos militares, cria em 2012, a Comissão da Verdade para investigar todas as agressões aos direitos humanos cometidos na Ditadura.
Mirian Leitão, importante jornalista de um dos maiores jornais de oposição (redundância), próximo às eleições, relata, com detalhes, sua tortura durante a ditadura militar, esquentando o assunto.
O Comandante do Exército, general Enzo Peri, proibe os quartéis de colaborar com as investigações sobre as violências praticadas em suas dependências durante o regime militar.
Agora a Presidente Dilma ou demite o General Peri e cria um conflito com as Forças Armadas ou deixa tudo como está e perde autoridade política.

Esses meninos de Washington não param de fazer arte.

A criação do Estado de Israel

A criação do Estado de Israel, nos anos quarenta, após a tragédia do Holocausto, foi uma ação afirmativa da comunidade internacional para reparar minimamente o horror provocado pelo nazi-fascismo contra judeus, ciganos, homossexuais, comunistas e socialdemocratas. Mas o fantasma do ressurgimento ou da persistência do antissemitismo não pode ser um álibi que justifique o massacre atual na Faixa de Gaza.
O Brasil e o mundo têm uma dívida enorme para com as comunidades judaicas que iluminaram as artes, a ciência e a política e fazem parte da construção da Nação brasileira. Foi esse sentimento que Lula expressou em seu discurso, anos atrás, na Knesset, quando evocou, por exemplo, o papel de um Carlos e de um Moacir Scliar ou de uma Clarice Lispector para a cultura brasileira. A lista é interminável e a ela se juntam lutadores sociais como Jacob Gorender, Salomão Malina, Chael Charles Schraier, Iara Iavelberg, Ana Rosa Kucinski e tantos outros.
Nunca os esqueceremos.

(Marco Aurélio Garcia | Brasília - 24/07/2014)