domingo, 4 de setembro de 2016

1970: Allende é eleito presidente do Chile


No dia 4 de setembro de 1970, Salvador Allende foi eleito presidente do Chile. Pela primeira vez na América Latina um político socialista chegou ao poder de forma democrática.

No dia 4 de setembro de 1970, o médico Salvador Allende ganhou as eleições diretas para presidente no Chile com uma maioria de 36,2% dos votos. Pela primeira vez na América Latina, um político socialista chegava ao poder de forma democrática.

No mesmo dia em que foi eleito, Allende declarou nos meios de comunicação que faria um governo marxista, prometendo implantar a reforma agrária, controlar as importações e exportações e nacionalizar os bancos.

Allende assumiu o poder numa época em que 45% do capital do país estavam nas mãos de investidores estrangeiros, as minas de cobre eram praticamente de domínio norte-americano e 80% das terras eram propriedade de latifundiários. Em 1970, a dívida do Chile era de mais de quatro bilhões de dólares, a segunda maior do mundo.

Fase de crescimento econômico

Durante seu governo, Allende começou a fazer as reformas que havia prometido: estatizou bancos e grandes empresas e, em 1972, fez o mesmo com as minas de cobre. Essas mudanças econômicas e sociais tiraram o país da péssima situação em que se encontrava. Em 1971, o Chile apresentou um crescimento econômico de 8,5%, o segundo melhor resultado dos 23 países da América Latina.

No começo de 1972, porém, a situação se inverteu. O país entrou em crise, o capital nacional e estrangeiro desapareceram, o crescimento econômico cessou e a produção agrária caiu vertiginosamente. Isso gerou escassez de alimentos, principalmente porque a poplulação e as empresas começaram a fazer estoques, temendo dias ainda piores.

A primeira tentativa fracassada de golpe para derrubar Allende do poder aconteceu no final de junho de 1973. O descontentamento da população era tão visível quanto o crescente desejo de mudanças. A fome e a falta de produtos básicos levaram a uma revolta. Os conflitos isolados eram o prenúncio de uma guerra civil.

Corpo de Allende é retirado do palácio presidencial

No dia 11 de setembro de 1973, os militares saíram às ruas para tomar o poder. O Palacio de la Moneda, em Santiago, foi atacado por bombardeios aéreos. O confronto inevitável foi sangrento para ambas as partes. O general Augusto Pinochet assumiu o poder como presidente da Junta de Governo, formada a partir desta data.

Em 17 de dezembro de 1974, Pinochet passou a ser presidente da República do Chile, cargo que ocupou durante 17 anos. Neste período, a economia do país, apesar da ditadura militar, voltou a se estabilizar.
O mandato de Allende é lembrado como um período de glórias e desgraças. Até hoje não se sabe se ele foi morto ou se suicidiu durante o golpe militar. Allende ainda é venerado por simpatizantes e sua biografia continua atraindo a atenção mundial.

1973: Golpe militar no Chile

No dia 11 de setembro de 1973, sob as ordens de Augusto Pinochet, os militares chilenos derrubaram o governo Salvador Allende. O presidente foi morto em circunstâncias não esclarecidas e Pinochet instaurou uma ditadura militar. 

Autoria Mirjiam Gehrke (ms)
Deutsche Welle

A ESQUERDA VICHY



Como muitos de vcs sabem, o governo Vichy foi um dos momentos mais vergonhosos da história da França. A França, que sempre teve uma forte tradição de esquerda, foi justo o país que se abriu vergonhosamente para a ocupação nazista. E que criou uma casta de intelectuais colaboracionistas, subservientes ao Reich. Pois bem: essa esquerda antigovernista que vem há anos ajudando a implodir o governo Dilma de agora em diante deve ser responsabilizada por isso. Um dos meios de responsabilizar esses colaboracionistas, é começar a estigmatizá-los. Não mais como esquerda caviar, embora ela não deixem de sê-lo. Mas sim como esquerda Vichy. A esquerda dos almofadinhas. A esquerda colaboracionista. A esquerda que abaixa as calças pro inimigo. A esquerda capitaneada pela cretina de coque, Marina Silva. 


Rodrigo Petronio
Amaral Neto foi um repórter de televisão que fez carreira parlamentar pela extrema-direita, durante a ditadura. Era conhecido como "Amoral Nato", o que já indica a estatura de seu caráter. Sua grande bandeira era o retorno da pena de morte ao código penal brasileiro.
Alguém, não me lembro quem, disse que apoiaria o projeto, desde que com a seguinte redação:
Art. 1º - Fica instituída a pena de morte no Brasil.
Art. 2 - Condene-se à morte o deputado Amaral Neto.
Art. 3 - Fica extinta a pena de morte no Brasil.
A direita ouviu a piada e nela encontrou uma inspiração. O resumo do que aconteceu no Brasil nos últimos meses é o seguinte:
Art. 1º - "Pedaladas fiscais" passam a ser consideradas crime.
Art. 2 - Destitua-se a presidente Dilma Rousseff.

Art. 3 - "Pedaladas fiscais" deixam de ser consideradas crime.

Luiz Luis Felipe Miguel
O Brasil não é para principiantes, mesmo.
Nessas passeatas de direita é possível ver cartazes propondo a leitura de um economista chamado Mises, que, provavelmente, nenhum deles leu.
Mises foi consultor jurídico do último Habsburg que governou o Império Austro-Hungaro. E depois do governo fascista de Dollfuss.
Por mais de uma vez, Mises expôs sua admiração por Mussolini.
Como se pode ver, um legítimo liberal que, enquanto pregava contra o Estado servia a uma monarquia e ao fascismo. Ou seja, para Mises, de fato, e a despeito do que ele escrevia, o problema nunca foi excesso de Estado.
Ao contrário do que a esquerda pensa, os liberais não tem problema com o Estado. Muito pelo contrário. Liberal adora Estado. O que liberal não gosta é de Estado que prejudique o livre trânsito do capital.
Quando foi morar nos Estados Unidos, Mises passou a ser sustentado pela Fundação Rockefeller e depois por um famoso jornalista ultra liberal que lhe pagava as contas.
Como se pode ver, um tipico empreendedor vivendo sua própria meritocracia.

Gustavo Gindre
O documento do PMDB intitulado “Uma ponte para o futuro' imagino que será uma obra, já orçada com superfaturamento, acordada com propina aos empreiteiros delatores. Sua construção servirá para a elite passar sobre o povo agonizante no abismo social.
 JDamasio
Anna Shee
Roberto Elias Salomão

Para os que, como eu, já estão há várias décadas na estrada, o golpe de Temer e companhia (e bota companhia nisso) não é uma absoluta novidade. Não vivi exatamente o golpe de 64 (tinha pouco mais de dez anos), mas convivi diariamente com o terror militar, e tentei entender o que se passava, no que fui ajudado enormemente por ter aderido a uma organização trotsquista. E vejo que os golpistas de hoje guardam uma impressionante similaridade com os de ontem. Menos num aspecto: parafraseando alguém mais inteligente do que eu, o valor dos golpistas de hoje está muito abaixo de suas más intenções.
Aécio é Carlos Lacerda. Tramou o golpe desde a derrota de 2014. Porém, cessam aí as semelhanças. Que fatuidade, que despreparo! Ah, sim, há outra semelhança: tal como Lacerda, Aécio vai ficar de fora dos despojos.
Cássio Cunha Lima, Ronaldo Caiado, Aluísio Nunes e Maria Amélia, entre outros, são a “banda de música” da UDN. Bem fraquinhos.
Lewandowski (me desculpem os que ainda tinham ilusões neste fulano) entra na história representando o judiciário. Há que se fazer justiça: desta vez, os juízes tiveram um papel de protagonistas.

E Temer? Temer não é nada. Por mais que me esforce, não consigo encontrar um paralelo. O usurpador entrou na História pela porta dos fundos e, quando sair, será pela mesma passagem.