O Brasil não é para principiantes, mesmo.
Nessas passeatas de direita é possível ver cartazes propondo
a leitura de um economista chamado Mises, que, provavelmente, nenhum deles leu.
Mises foi consultor jurídico do último Habsburg que governou
o Império Austro-Hungaro. E depois do governo fascista de Dollfuss.
Por mais de uma vez, Mises expôs sua admiração por
Mussolini.
Como se pode ver, um legítimo liberal que, enquanto pregava
contra o Estado servia a uma monarquia e ao fascismo. Ou seja, para Mises, de
fato, e a despeito do que ele escrevia, o problema nunca foi excesso de Estado.
Ao contrário do que a esquerda pensa, os liberais não tem
problema com o Estado. Muito pelo contrário. Liberal adora Estado. O que
liberal não gosta é de Estado que prejudique o livre trânsito do capital.
Quando foi morar nos Estados Unidos, Mises passou a ser
sustentado pela Fundação Rockefeller e depois por um famoso jornalista ultra
liberal que lhe pagava as contas.
Como se pode ver, um tipico empreendedor vivendo sua própria
meritocracia.
Gustavo Gindre
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