domingo, 30 de dezembro de 2018


Luz Selene Garcia Nuñez 
            
Ya se acerca, no necesito mirar el reloj,
ni mirar al cielo para saber
que la noche se acerca.
El crepúsculo, ese hermoso momento
en que el cielo asemeja un incendio,
cuando el declive del sol en el horizonte
hace que los tonos rojos y anaranjados
predominen en el firmamento.
Como una gran explosión de color y pasión
antes de la definitiva llegada de la noche,
sólo unos instantes antes de que la luna
ejerza toda su influencia sobre mí.

Me encanta la noche, la luna y su influjo,
las estrellas como pequeños diamantes
colgados de la nada, como infinitos deseos
y sueños de los amantes.
Se acerca la hora de los sueños.
Esa hora mágica en que me dejo llevar por mis
pensamientos y ellos me llevan de nuevo a tu lado.
Ese momento en que estamos juntos de nuevo.
Ese instante en el que tus besos, tu olor y tu presencia
se hacen tan reales


               
               


A burrice no poder


"A austeridade, para quem não tenha notado, não funciona. Como diz Stiglitz, nunca funcionou. Por uma razão simples: o capitalismo, para se expandir, precisa de produtores, mas também de consumidores. No centro do raciocínio, está a ilusão de que não temos recursos suficientes para incluir os pobres. As políticas sociais e um salário mínimo decente não caberiam na economia, no orçamento, ou na Constituição, segundo os políticos. Façam um cálculo simples: o Brasil produz 6,3 trilhões de reais de bens e serviços, o montante do nosso PIB. Isso dividido por 208 milhões de habitantes nos dá um per capita de 30 mil reais ao ano, ou seja, 10 mil reais por mês por família de 4 pessoas. Isso está longe das ambições de consumo da nossa classe média alta, mas assegura, para o comum dos mortais, o suficiente para uma vida digna e confortável. Nosso problema não é falta de recursos, e sim a burrice na sua distribuição. Na fase do lulismo, a economia cresceu, sendo que a renda dos mais pobres e das regiões mais pobres cresceu mais do que a renda dos mais ricos: todos ganharam, os pobres de maneira mais acelerada, reduzindo a desigualdade. A ascensão dos pobres gerou nos ricos a reação esperada: a mesma que tiveram com Getúlio e com Jango, agora repetida com Dilma e com Lula. Reconhecer que funciona o que sempre denunciaram seria penoso demais. A burrice é muito teimosa. Portugal tem uma experiência simpática: mandou a austeridade às favas, e está indo de vento em popa. Com uma lei absurda de teto de gastos, nós institucionalizamos o aprofundamento da desigualdade. Já se notou que a austeridade recomendada é a dos pobres que têm pouco, e não a dos ricos que têm muito e ainda esbanjam?"


Ladislau Dowbor

22 de dezembro de 2018

(via Wilson Sasso)