quarta-feira, 25 de novembro de 2015


Ricardo Costa de Oliveira

23 de novembro

Resultados eleitorais argentinos ainda mais divididos e mais apertados do que no Brasil. A Argentina periférica e mais pobre, com herança indígena, as Argentinas Guarani, Andina, Mapuche e Patagônica votaram diferentemente da Argentina das migrações europeias centrada em Buenos Aires e vizinhanças. Serve como alento para a direita não precisar de golpes militares ou de chicanas judiciárias para mudar presidências eleitas. O desafio é como uma candidatura mais à direita, apoiada pelos mais ricos e privilegiados pode mudar alguma coisa, sem piorar muito a vida dos descamisados e trabalhadores. A direita sul americana investiu muito antes em Piñeira (2010-2014) no Chile e colheu um fracasso muito grande. O grande desafio da democracia na América Latina é incluir socialmente os mais pobres, construir a cidadania das grandes massas de trabalhadores excluídas ao longo dos séculos, não governar para a minoria dos mais ricos neoliberais e servir apenas os interesses dos grandes capitalistas internacionais.