sábado, 8 de setembro de 2012

em minha outra vida
eu gostaria de ser
flor de cerejeira

( matsuo bashô )

tradução de Geir Campos - Poesia do Japão

No limiar da insanidade

Palavras que invadem a mente e atraem sensações
Apenas expressões deliciosas
Que me invade a imaginação
É como energia ligando meu corpo
Onde meus hormônios disparam acelerado
Inebriando minha mente
Causando sentidos acalorados
Redescobrindo o novo sentido de meu ser
O extremo do prazer é deixar-se levar?
Se rebelar contra preconceitos errôneos?
Onde desejar é indecente?
Fazer é proibido
Se for errado sentir?
Porque nascemos com isso?
E suprimir nossas fantasias?
É ir contra nossa natureza?
Meu conflito é intimo e pessoal
Entre o que é certo ou errado
No limiar da insanidade

(Don Juan Castelano)


Al borde de la locura

Las palabras que invaden la mente y atraer sentimientos
Sólo expresiones deliciosas
Lo que la imaginación se apodera de mí
Es como si mi cuerpo la energía de unión
Cuando mis hormonas desencadenan acelerado
Inebriando mi mente
Causar sentidos con calefacción
Redescubriendo el nuevo sentido de mi ser
El placer extremo es dejarse ir?
Rebelde contra preconceptos erróneos?
¿Dónde quieres es indecente?
Hacer esté prohibido
Si te sientes mal?
Porque nacemos con él?
Y reprimir nuestras fantasías?
Va en contra de nuestra naturaleza?
Mi conflicto es íntimo y personal
Entre lo que está bien o mal
Al borde de la locura

(Don Juan Castelano)
‎"Minha vida se dispersa continuamente. Como um rio que sai do leito e transborda sobre a terra. Então, tenho de abandonar muitas coisas e pensar no que é útil e bom. Só assim controlo as águas e as faço voltar ao seu leito. É como um pêndulo. Foi sempre assim. Já me acostumei a viver com essas inundações que arrasam tudo, e depois a calma, o controle, a solidão, o silêncio. É como uma longa aprendizagem. Infinita. Desconfio que nunca se concluirá."

Pedro Juan Gutiérrez

Vidas desperdiçadas

"Quando todos os seres humanos se livrarem de Deus e da eternidade (como deverá acontecer, com a lógica impiedosa de sucessivas camadas geológicas) o homem irá se concentrar em "obter da vida tudo que ela pode dar, em nome da felicidade e da alegria, mas apenas neste mundo, aqui e agora". Então os seres humanos se tornarão eles próprios "como deuses", imbuídos do espírito e da "titânica presunção" divinos. O conhecimento de que a vida não passa de um instante fugidio, de que não há uma segunda chance, mudará a natureza do amor. O amor não terá um tempo para habitar. O que ele perder em duração vai ganhar em intensidade. Vai arder mais, de modo mais fascinante que nunca, consciente de que está destinado a ser vivido e usado num único momento e até o fim, em vez de se espalhar de maneira tênue e insípida, como antes, pela eternidade e pela vida imortal da alma..."

Vidas desperdiçadas Zygmunt Bauman;
tradução Carlos Alberto Medeiros.
- Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,2005 "