terça-feira, 9 de outubro de 2018

São várias as polarizações.




Há um discurso da pós verdade, estratégico, fácil de implantar num país onde por uma geração escolar [de 64 a 83] se fez a desconstrução da crítica nas escolas.
Há o mesmo discurso, mas de parte do povo, que por falta de crítica, comprou o discurso importado e quer o fim da corrupção. Eles não estão errados nisso.
Uma outra parcela do povo que comprou o discurso importado é o que tem síndrome do sr. de engenho. Ou que, com a diminuição das diferenças sociais não se sentiram capazes de se diferenciar e tiveram crise de identidade. Ou aqueles que em busca de ascensão social foram humilhados na dialética patrão/empregado e querem o direito de se vingarem humilhando também, como um processo natural do sistema capitalista.
Há um segundo discurso que é o que vem com a memória histórica clara e que agrega pequenos burgueses e aqueles que se confrontam com uma realidade menos favorecida. Esse discurso é o que quer impedir que o processo iniciado em 64 culmine com a entrega dos recursos nacionais às empresas multinacionais.
Ao mesmo tempo, no processo histórico da politica, a maioria dos caciques brancos desta República das Bananas foram sempre muito vulgares que tornam-se comerciantes chinfrins de interesses. São os que regulamentam as transações dos lobbys que representam em troca de muito dinheiro.
Mas não há dialética quando, por conta duma ignorância mórbida, o sujeito acha que sabe tudo. Cujo saber ele, de tanta incerteza, não questiona.

Ricardo A. Pozzo

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