domingo, 2 de agosto de 2015

À alguns dias atrás, fui mais uma vez obrigado a ouvir uma frase preconceituosa de um direitista que se nega como tal. Um colega, que trabalha em uma Cooperativa de Crédito da cidade, comentou que no outro dia iria trabalhar bastante, porque era dia de pagamento dos aposentados, logo, ou colega que trabalha no mesmo local saiu-me com a frase: "Prepara o nariz, porque os velhinhos fedem!". Talvez a frase não tenha sido exatamente esta, mas o sentido foi este. A expressão acima foi logo rechaçada/condenada por boa parte dos ouvintes. Prefiro acreditar que tenha sido uma opinião isolada e que não faz parte do treinamento de referida instituição. Como diria Cazuza: "A Burguesia fede e não liga para a dor da vendera de chicletes".

"O direitista não se reconhece como tal. Embora seja facilmente identificável, ele se considera centrista, alardeado que a virtude está no meio, aproveitando-se de uma tirada aristotélica. Seus atos e convicções, porém, são inocultáveis. Ele tem certeza de que jamais existirá - nem ele aceitaria - a distribuição da riqueza entre os homens, por mais que ela tenha resultado do trabalho de todos. Se tiver de optar entre a construção de um presídio e de uma escola, ele escolherá a primeira proposta, porque acredita piamente que os desvios de conduta são originados do DNA da pessoa e não do meio em que foi obrigado a viver. Ele acha que o povo é burro, que a maioria é incompetente e por isso não "subiu" na vida. Que o povo tem cheiro! Direitos humanos, justiça social, distribuição de renda são balelas, conversa mole dessa raça que se nega a entender que o socialismo está morto, as ideologias estão mortas." (Editorial da Edição especial (Dez/2005) "A Direita Brasileira" da Revista Caros Amigos)

Cássio Augusto Guilherme

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