Aquela foi uma vitória da União Soviética, de Stalin e qualquer
especialista em história militar sabe o preço pago em dezenas de milhões de
vidas militares e civis na derrota do nazifascismo. A atual Rússia está mais
uma vez cercada e ameaçada com a perda do controle do Báltico, da Ucrânia, do
Cáucaso, da Ásia Central. Se ainda tem armas de ponta é por causa da herança
militar soviética. Em termos geopolíticos o que foi duramente conquistado em
1945 se perdeu em 1991. As antigas fronteiras czaristas e soviéticas recuaram,
o que é uma derrota considerada como um dos piores desastres geopolíticos da
história russa. A situação de crise na União Soviética não significou uma nova
Rússia capitalista, rica e estável, pelo contrário a sociedade russa parece ter
voltado mais de cem anos com a formação de poderosas e corruptas oligarquias
organizadas no controle dos vastos recursos naturais russos. Stalin foi um dos
mais implacáveis comandantes militares da história, comparável somente a poucos
outros, como a um Alexandre o Grande, muito superior ao derrotado Napoleão.
Stalin comandou de maneira autocrática a modernização soviética, a industrialização,
eletrificação e quando morreu em pleno poder viu a mudança política e militar
ocorrida desde a Alemanha Oriental até a China. Não haverá outro assim em mil
anos. Recomendo a reflexão no filme
Enemy at the Gates - Círculo de Fogo - mostrando a realidade do soldado
soviético e o filme Cross of Iron - Cruz de Ferro - sobre a realidade do
soldado alemão, na verdade ambos filmes mostram um grande debate sobre a ética
profissional, a verdadeira nobreza nas ações, a dedicação, o senso de dever e a
coragem em momentos dramáticos.
RCO
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