Eu defini o meu voto de amanhã no PT já em 1982. Desde
aquele ano eleitoral, quando eu era calouro de Ciências Sociais no prédio
histórico do IFCS-UFRJ, o meu voto se mantém, atualiza e se renova na mesma
proposta de mudança essencialmente necessária, competitiva e questionadora no
amplo rio-mar, partido-movimento social do Partido dos Trabalhadores, cujo
prazo de validade nacional ainda não se encerrou no presente ciclo histórico da
nossa geração, hoje cinquentenária, de jovens sonhadores da abertura das
diretas já. A pauta de mudanças é de certa maneira ainda a mesmíssima desde a
década de 1920, a construção de uma democracia, um Brasil-Nação moderno,
inclusivo, social, menos desigual e com instituições válidas. Todos os golpes e
retrocessos, como o de 1935, 1954, 1964 e 2016 apenas revelam um país atolado
na lama dos seus velhos problemas estruturais da desigualdade, dos grupos
sociais mais exploradores, corruptos e enganadores, que não tiveram força
partidária e eleitoral para derrotarem o projeto modernizador de esquerda,
apelando em 1964 aos militares-legislativo e em 2016 ao judiciário-legislativo,
sempre com apoios na mídia oligárquica das mais atrasadas do mundo. O recuo do
PT nas eleições municipais será do tamanho do retesamento da flecha a ser
lançada nas eleições de 2018. O PT continuará de longe o maior partido de
esquerda e com muito mais capacidades, quando mais uma vez, como em 1930, 1950,
1963, 1982, 2002, o novo terá outra oportunidade de mando no jogo e esperamos
que desta vez vença, desatole de vez o Brasil das lamas centenárias do atraso,
com novas atitudes e políticas. Uma grande reforma política urge acontecer, as
crises e rejeição dos golpistas serão agora os principais fatores mobilizadores
junto ao povo brasileiro. O novo só se adia para voltar com mais força e urgência
Ricardo Costa de Oliveira
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