terça-feira, 8 de setembro de 2015

Soneto XVIII

William Shakespeare 

Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno:
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.
Às vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.
Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:
Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.

Tradução: Bárbara Heliodora


(Dica: Ivan Justen Santana.)

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