Enquanto a história, a política e a economia forem
explicadas por binômios de vencedores e vencidos, vítimas e vitimizados,
oprimidos e opressores; enquanto ''teorias'' da conspiração, forem a inspiração
dos paranóides, e não teses comprobatórias; enquanto se pensar que a
competitividade, é um mal e não um meio de cooperação e criatividade, e que a
solidariedade não se faz por caridade; enquanto vivermos expondo os fatos das
mais diversas dimensões à revelia da racionalidade e da crítica de precisão; em
suma, teremos sempre júris para um bode expiatório, e a expiação de réus que um
dia estavam sob o júri e quando um acordo entre deuses e semideuses lhes dá o
alvará de soltura, se tornam juízes; assim, seremos essa perpetuidade num palco
da culpa construída e da incompetência desconstruída.
Tullio Sartini
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