terça-feira, 16 de junho de 2015

‎ As greves de professores, principalmente contra governos do PSDB, encerradas ou ainda em curso, representam a luta aberta pelo Iluminismo no Brasil. O Brasil não viveu e não teve o Iluminismo no século XVIII, mas o terá no século XXI. A modernização do Brasil criou pela primeira vez um sistema escolar e acadêmico com muitos professores. A principal disputa de ideias e opiniões no Brasil contemporâneo é entre este sistema educacional público contra alguns interesses privados de setores da indústria cultural capitalista, setores da mídia e setores obscurantistas de algumas igrejas evangélicas, também associados agora à mesma mídia/indústria cultural. Educação crítica, ciência, tecnologia e cidadania inclusiva contra o padrão raso, manipulador e superficial de cultura divulgado pelos donos da mídia e donos de algumas igrejas evangélicas sectárias. Os interesses políticos das oligarquias familiares da mídia, juntos com alguns donos das igrejas evangélicas, contra centenas de milhares de professores e intelectuais, com títulos acadêmicos, livros, artigos, pesquisas e formação de orientandos, na reprodução e expansão do sistema educacional. Muitos excepcionais jornalistas e profissionais de qualidade trabalham nas mídias poderosas, muitos são iluministas e qualificados, mesmo no meio adverso do PIG e ainda conseguem algumas brechas para bons trabalhos. O peso das opiniões políticas dos donos da mídia é verbalizado e representado por certos tipos de "retardados educacionais", como artistas decadentes, comentaristas de aluguel, veteranos ou novatos, alguns produzidos pela mídia do nada, como um kim kataguiri, comentaristas da Revista Veja, da Globo, SBT, Massa-ratinho e outros tipos facilmente contratados para falas na associação comercial, com seus direcionamentos políticos de direita e superficialidades genéricas. Dinheiro não compra cultura, dinheiro não compra estudo, dinheiro não compra o habitus acadêmico, dinheiro não compra títulos acadêmicos. A sobrevivência política e social deste tipo de mídia manipuladora, subdesenvolvida e de igrejas caça-níquéis atrasadas no Brasil depende de um público receptor semi-analfabeto, semi-escolarizado e que vote nos representantes políticos mais reacionários do capital, da direita ou de algumas das seitas evangélicas sectárias. As novas tecnologias da internet e as redes sociais retiram poder das grandes mídias e democratizam o acesso e a divulgação de ideias dos professores nesta batalha cultural pela civilização e pelo Iluminismo. Mais escolas e menos prisões. Mais tolerância e menos ódio. A presidência da Câmara dos Deputado, com Eduardo Cunha-PMDB, é um dos centros desta polarização política contemporânea.


R c o

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