terça-feira, 16 de junho de 2015

A Teoria do Discurso Introjetado



 Terminada a votação do primeiro turno, algumas constatações emergem dessas eleições. As mais óbvias são a manipulação descarada de amplos setores midiáticos, que protagonizaram espetáculos de canalhice explícita! E também ficou muito claro a questão da definição de quem manda na mídia: os donos do poder econômico. Nunca foi tão verdadeiro o adágio popular: manda quem pode, obedece quem tem juízo! E nesse caso, manda a elite de sempre; e a mídia comprada e muito bem paga obedece direitinho! O espetáculo deprimente de um delegado federal protagonizando cenas de ilegalidades explícitas e flagrantes e sendo elogiado pela imprensa parcial e golpista foi apenas o espetáculo mais visível desse show de horrores! Recebo e-mail de internauta goiano, abordando um aspecto novo nessa questão: a Teoria do Discurso Introjetado. De acordo com esse internauta, e eu concordo plenamente, essa teoria explicita, em aspectos psicológicos de fundo, como funciona um procedimento sutilíssimo de dominação midiático-psicológico: A elite elabora um discurso que beneficia a ela, elite, e utilizando técnicas que deixariam Goebbels no chinelo, introjetam esse discurso em amplas parcelas das classes média, baixa e miserável, que, passam a retransmitir esse mesmo discurso como sendo seu; numa analogia rasteira, escravos que passariam a defender os interesses de seus donos como sendo seus! Oprimidos defendendo, de forma virulenta, os interesses de seus opressores! E isso ficou explícito nessa eleição: pobres de marré, irmanados com a elite em seus vistosos carrões, escumando a boca para atacar Lula! O motivo: qualquer um servia. De corrupção a falta de escolarização; o gosto pela bebida, a falta de um dedo! Para uma grande parcela das classes média e baixa, principalmente das regiões Sul e Centro-Oeste, em especial aqui no MT, o ódio a Lula não carece de fundamentação. É ódio e pronto! Ódio vermelho, visceral! Ódio e mais ódio, como diria Mário de Andrade! Ódio por Lula ter sido um deles e não ter abaixado a cabeça e vendido a alma no balcão do Deus Mercado! Com a palavra, Sigmund Freud e Carl Gustav Jung!

 Igor Romanov


Cuiabá, 04 de Outubro de 2006.

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