Sérgio Braga______Um sociólogo norte-americano dos anos 50
já deu o diagnóstico: com o deslocamento geográfico de um segmento da classe
média intelectualizada para os "campi" universitários, um setor
importante da esquerda, que varia de numero segundo a institucionalização do
aparelho burocrático-universitário de país para país, separou sua experiência
de vida quotidiana da grande massa da classe trabalhadora. Daí que surjam
tantas palavras de ordem e arroubos radicais dos quais a massa sequer toma
conhecimento. A pergunta que se coloca é: as redes sociais agravaram esse
fenômeno, insulando ainda mais os "liberals" do restante da população
comum, ou serviram para "reconectar" as camadas médias liberais com o
duro e sofrido cotidiano do cidadão comum? Talvez esteja aí a fonte do famoso
"mal-estar" com a democracia monitorada que tantos ideólogos
sentem...
Mariana R Espinosa__________ Interessante. Acho que a
universidade federal com seus ritos, formas e status não deixa ser aquelas
pessoas que vem de classe social menos privilegiadas. Mas de uma vez presenciei
e vivenciei represarias por expressar pautas o comportamentos de classe
trabalhadora. Um detalhe que sempre reparo é que aqui não cumprimentam os
funcionários de limpeza o aqueles que estão na porta. De modo que, existe a
possibilidade de que as instituições tenham certo padrão tendem a obrigar o
coagir a quem deseje permanecer nela, um comportamento que pode ser contrário a
sua própria classe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário