Na década de 1990, as greves foram duramente reprimidas para
arrochar os trabalhadores e arrancar direitos.
No BB, por exemplo, o movimento foi enfraquecido de tal
forma, com demissões e assédio aos grevistas, que o governo FHC conseguiu impor
o silêncio, uma perda salarial de pouco mais de 50%, o fim da licença prêmio e
a retirada de uma série de outros direitos.
Nos anos dos governos Lula e Dilma, a categoria voltou a
fazer greve e, mesmo com toda dificuldade da disputa entre patrões e
empregados, não houve demissões ou descontos salariais de grevistas. A luta dos
trabalhadores garantiu uma recuperação de cerca de 30% (além da inflação) das
perdas do governo tucano e a conquista de muitos outros direitos.
Com o golpe, tudo isso está escapando pelos dedos. O
Ministro Gilmar Mendes concedeu uma liminar para aniquilar nossos direitos
assegurados na Convenção e Acordo Coletivos; o STF decidiu que os trabalhadores
podem ter seus salários suspensos e descontados com a greve; o governo prepara
uma contra reforma trabalhista e previdenciária duríssima.
O golpe foi contra você.
ACBM
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