sábado, 8 de agosto de 2015

O momento político

Estamos em experimentando um momento político que embora aparente desespero, pode ser visto como positivo, exatamente ao demonstrar mazelas de nossa democracia, ainda sendo construída e por este motivo, tal construção desenvolve-se sob ódios e situações até burlescas. Vislumbramos como nossas instituições precisam se consolidar de forma mais saudável e equilibrada. Observamos o embate entre egos e megalomanis que em nada contribuem para nossa rés pública. Ficou evidente como a coisa pública se tornou refém das aspirações privadas. Se temos ditadura: conglomerados e estruturas autoritárias que se expressam na figura dos partidos e estes expressam interesses de outras estruturas que ou se fazem mais visíveis ou mesmo invisíveis. Crise política? Sim! Mas que pode ser importante para reoxigenar nossas instituições e principalmente, a participação popular. Infelizmente, esta se coloca em alguma parte no meio de um antagonismo do ódio, fabricado para fins de dividir e conquistar, totalmente inútil para o que queremos constituir como um ambiente democrático. E o fim de um período? O lulismo agoniza? E o fim do PT? A direita se fortaleceu? Previsões e teorias podem ser traçadas, mas fica difícil dizer um certo ou errado, diante de um processo marcado pela fluidez e ao mesmo tempo que acena com um fim nada positivo. Falar em fim pode ser errado, pois os rearranjos de poder são feitos e desfeitos com muita rapidez. Discordo de alguns conhecidos que defendem demais o PT e outros que o atacam demais. Este extremismos de nada servem. Muito ao contrário. Servem para os fins de quem quer governar de modo abusivo e autoritário. Que seja da esquerda ou da direita. Creio inclusive que a ideologia aqui seja secundária. Afinal, para muitos dos nossos políticos e partidos esta questão é até terciaria. A questão é como nos recusar a sermos governados abusivamente. Por determinados indivíduos e com determinados fins que se coloquem em um âmbito fora do público. Talvez este seja o ponto mais preocupante: nosso atual congresso e se não generalizo, pois sempre é uma postura burra, a maioria encontra-se conivente com praticas e ações abusivas. E nesta questão, até o governo federal. E principalmente nos. O povo! Aquele que basicamente só pode opinar na urna eletrônica. Em sua maioria, apoiamos estas praticas, pois estamos muito enredados no antagonismo do ódio, fabricado exatamente com a seguinte finalidade: só vejam a superfície. Só odeiem uma ou outra imagem. Não respeitem opiniões dissidentes. Sigam medíocres, megalomaníacos e os considerem heróis. Fiquem cegos para a verdadeira questão: a dissidência popular é importantíssima, mas quando ocorre de modo espontâneo e saudável.

Rogério UFRJ.filosofo 

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