Estamos em experimentando um momento político que embora
aparente desespero, pode ser visto como positivo, exatamente ao demonstrar
mazelas de nossa democracia, ainda sendo construída e por este motivo, tal
construção desenvolve-se sob ódios e situações até burlescas. Vislumbramos como
nossas instituições precisam se consolidar de forma mais saudável e
equilibrada. Observamos o embate entre egos e megalomanis que em nada
contribuem para nossa rés pública. Ficou evidente como a coisa pública se
tornou refém das aspirações privadas. Se temos ditadura: conglomerados e
estruturas autoritárias que se expressam na figura dos partidos e estes
expressam interesses de outras estruturas que ou se fazem mais visíveis ou
mesmo invisíveis. Crise política? Sim! Mas que pode ser importante para
reoxigenar nossas instituições e principalmente, a participação popular.
Infelizmente, esta se coloca em alguma parte no meio de um antagonismo do ódio,
fabricado para fins de dividir e conquistar, totalmente inútil para o que
queremos constituir como um ambiente democrático. E o fim de um período? O lulismo
agoniza? E o fim do PT? A direita se fortaleceu? Previsões e teorias podem ser
traçadas, mas fica difícil dizer um certo ou errado, diante de um processo
marcado pela fluidez e ao mesmo tempo que acena com um fim nada positivo. Falar
em fim pode ser errado, pois os rearranjos de poder são feitos e desfeitos com
muita rapidez. Discordo de alguns conhecidos que defendem demais o PT e outros
que o atacam demais. Este extremismos de nada servem. Muito ao contrário.
Servem para os fins de quem quer governar de modo abusivo e autoritário. Que
seja da esquerda ou da direita. Creio inclusive que a ideologia aqui seja
secundária. Afinal, para muitos dos nossos políticos e partidos esta questão é
até terciaria. A questão é como nos recusar a sermos governados abusivamente.
Por determinados indivíduos e com determinados fins que se coloquem em um âmbito fora do público. Talvez este seja o ponto mais preocupante: nosso atual
congresso e se não generalizo, pois sempre é uma postura burra, a maioria
encontra-se conivente com praticas e ações abusivas. E nesta questão, até o
governo federal. E principalmente nos. O povo! Aquele que basicamente só pode
opinar na urna eletrônica. Em sua maioria, apoiamos estas praticas, pois
estamos muito enredados no antagonismo do ódio, fabricado exatamente com a
seguinte finalidade: só vejam a superfície. Só odeiem uma ou outra imagem. Não
respeitem opiniões dissidentes. Sigam medíocres, megalomaníacos e os considerem
heróis. Fiquem cegos para a verdadeira questão: a dissidência popular é
importantíssima, mas quando ocorre de modo espontâneo e saudável.
Rogério UFRJ.filosofo
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