terça-feira, 19 de maio de 2015

Wilson Gomes

Segundo o meu cercadinho de feios, sujos e malvados no Twitter, hoje é dia de odiar Fachin, de novo, e Jô Soares. Fachin deve ser odiado, com entrega, por ser esquerdopata, bolivariano, petralha e contra a família. Jô, porque é contra a família, petralha, bolivariano e esquerdopata. Há que ser muito sofisticado para entender a sutileza da coisa, não é para qualquer um.

O caso contra Fachin está já pronto e julgado: aprovada a indicação, o MST tomará imediatamente todas as terras de Ronaldo Caiado, ato contínuo, será hasteada a nova bandeira brasileira, vermelha, em todas as repartições públicas. Até quarta-feira, no máximo, todos os amantes mudam-se para o prédio vizinho e a poligamia (poliandria também, imagino) se torna oficial no Brasil. Já estou exausto só de pensar.

O problema de Jô foi ele ter passado em Brasília para buscar, diretamente com Dilma Rousseff, o seu diploma de petralha, feminazi, gayzista e "de Humanas". Podia ter mandado um portador, aquele "gordo, moribundo e viado", como alguém disse no Twitter, mas, não, ele quis afrontar todo mundo indo pessoalmente acender incenso no altar do comunismo. Pediu para ser odiado, ódio haverá.


Esses são os trending topics do dia, amiguinhos. E lembrem-se, odiar é preciso, viver não é preciso.

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