(Professor Nilson Lage)
Se querem a perfeita medida do estofo moral da elite
brasileira, olhem para o Judiciário do país.
Sua origem está na primogenitura dos latifundiários antigos
que, buscando expandir propriedades e plantéis de escravos, cuidaram de prover,
primeiro, na descendência, o doutor em leis.
Agora se vê que, em espírito, manteve-se esse compromisso
ancestral com o próprio bolso e patrimônio.
No momento em que encontram caminhos fáceis, pela fratura da
unidade política do Estado, a primeira preocupação dos magistrados é assaltar o
Tesouro Nacional, arrancar o máximo de dinheiro possível e se espojar nele,
numa disputa imoral de privilégios indecentes – do auxílio moradia a quem tem
casa ao inalienável direito de ir comprar ternos em Miami.
Aos trabalhadores, o arrocho; ao Judiciário do Brasil,
78,56% de aumento, fora inúmeros e ridículos penduricalhos.
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