sábado, 15 de janeiro de 2011

Divaga em meio à noite um anjo desconhecido


Como um vento no litoral, sem rumo certo

Que afaga com seu carinho quente e amigo

O sono dos que dormem, sempre por perto



Nas curvas da vida, avalanches e temporais

Sofrendo, ele arranca os espinhos dos caminhos

E seus olhos vão pousando sobre os mortais

Que se entregam à fé nos dons divinos



Se por vezes neste mundo deixam cair

Pungentes e cortantes lágrimas ácidas

O anjo trata de as enxugar e, de fininho, sair



Constrói auras de douta proteção

Enche-as com a energia do coração

Faz as vidas repousarem, plácidas



Tania Montandon

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