segunda-feira, 24 de julho de 2017

O que me deixa mais perplexo é entender a fúria de boa parte de uma geração com menos de 30 anos nas jornadas de junho de 2013, na crítica destrutiva ao PT em 2014, nos coxinhaços de 2015 e saber que no dia de hoje, apenas um grupo de Senadoras com mais de 50 anos foi a única força social e política na defesa dos direitos trabalhistas das mais jovens e dos mais jovens, que ainda teriam pela frente muitos anos de direitos trabalhistas em suas vidas e trajetórias. Cadê todas aquelas gentes urbanas raivosas de 2013, cadê aquelas jovens mulheres líderes do MPL, tão badaladas e discutidas em 2013, tão energizadas contra os 0,20 centavos do Haddad, cadê a turma da Sininho nos protestos do Rio de Janeiro, cadê as mulheres e jovens dos coxinhaços quando souberem que nem o direito de ficarem gestantes em ambientes salubres terão, suas filhas e netas ficarão na insalubridade, precarização e terceirização, que sina para ess(e)as jovens. Cadê os manifestantes que cercaram o Congresso e o Itamaraty em tempos idos ? Cadê Marina e Luciana Genro hoje ? Alô feministas. Tudo isso também mostra a diferença imensa entre uma velha senhora como Dilma e o golpista Temer, seus ministros, seus congressistas tão misóginos e tão dispostos a roubarem o que podem dessas jovens massas trabalhadoras com menos de 30 anos de idade. Agora saberão que Dilma não era mesmo igual a Temer e o inverno do assalto, congelamento e desmonte dos serviços públicos só vai arrebentar mesmo no final desse ano.
RCO

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