quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

todo mundo que gosta de música - e mesmo quem não gosta - teve, tem ou terá uma fase chicobuarquiana (também, não dá pra passar incólume pelo caetano veloso - que eu modestamente prefiro ao chico buarque), há que se admitir que o cara é foda (mas, existem uns outros picas do universo na mpb - e incluo o aldir blanc, entre eles). não há como negar que a ditadura foi um perrengue - eu nasci em 1975, então, me lembro pouco além das aulas de ospb e emc na escola - e mesmo que não vivamos uma democracia plena em direitos civis, há que se perceber que deu uma boa melhorada, o sujeito pode dizer quase tudo o que pensa (ou o que não pensa), mesmo sem a garantia que alguém irá ouvir - no meio de tanto turbilhão sonoro, os ouvidos saturam de ruído. nesse mar de veleidades pseudopolíticas da intelligentsia (sempre ela) surgem tipos como aqueles paspalhos - que francamente desconheço - que produziram lá a celeuma com nosso douto autor e compositor. polêmicas à parte, todo mundo está careca de saber que não simpatizo muito com o pt e muito menos com o psdb e afins (entre o caviar e a coxinha, prefiro o rollmops), não sei se o assunto merece a vênia que lhe foi dada, muito menos que o sobrinho do pai dos burros seja defendido, sobretudo com uma indignação quase impudica. acontece tanta barbaridade neste país que o que aconteceu, na ordem das coisas, não tem absolutamente nenhuma relevância, o melhor era deixar os tontos falando sozinhos. "ah, mas era o chico", bem, nesse caso, sugiro que levantemos todos e entoemos o hino nacional, solenes e vetustos, em honra ao punzinho que o chico pode estar dando, neste momento, claro, porque ele é humano, como eu, você raro leitor, e todos os pobres miseráveis deste país e a quem a polêmica que interessa é a comida na mesa, enquanto brincamos de política.

William Teca

Nenhum comentário: