sábado, 14 de novembro de 2015

O impacto político de confrontos religiosos e formas de guerras etnorreligiosas



Ainda estamos no ANNO de 1015. O impacto político de confrontos religiosos e formas de guerras etnorreligiosas sempre foram muito grandes e decisivos na configuração do próprio Estado. A própria concepção, criação e organização do Estado Nacional Europeu, como nas origens de Portugal, de quem o Estado do Brasil é o maior descendente, é resultado direto de guerras religiosas contra o islamismo ibérico. O resultado final foi o extermínio, a expulsão e a assimilação dos diferentes muçulmanos e judeus ao fim do longo ciclo de violências. Sobreviveria no território apenas um povo, uma religião, uma língua, um rei. Somente retornaram para o nosso convívio quando nos modernizamos, democratizamos e os aceitamos de novo. Hoje os Estados se tornam cada vez mais policialescos e mesmo organizados como Estados de apartheid etnorreligioso - como todos do Oriente Médio, o que acelera e aprofunda as guerras até o futuro desfecho de guerras totais, até que um lado vença e destrua completamente os outros, como aconteceu na Península Ibérica Medieval. A visão iluminista, a tolerância e a convivência serão desafios para novas hegemonias. Muitos Estados europeus estão experimentado pela primeira vez uma real diversidade social e etnorreligiosa, coisa que estamos acostumados há bem mais de 1000 anos. Superar diferenças como o racismo, os preconceitos e a discriminação étnica, religiosa, de gênero, de orientação sexual e muitas outras continuam sendo imensos desafios para uma sociedade livre, igualitária e democrática no ANNO de 2015.

Ricardo Costa de Oliveira

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