domingo, 4 de outubro de 2015

Carta Encíclica Laudato Si'-Sobre o cuidado da casa comum

4 DE OUTUBRO: FRANCISCO DE ASSIS, PELO FRANCISCO DE ROMA:
"Francisco é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade. Manifestou uma atenção particular pela criação de Deus e pelos mais pobres e abandonados. Amava e era amado pela sua alegria, sua dedicação generosa, seu coração universal. Era um místico e um peregrino que vivia com simplicidade e numa maravilhosa harmonia com Deus, com os outros, com a natureza e consigo mesmo.
Tal como acontece a uma pessoa quando se enamora por outra, a reação de Francisco, sempre que olhava o sol, a lua ou os minúsculos animais, era cantar, envolvendo no seu louvor todas as outras criaturas. Qualquer criatura era uma irmã, unida a ele por laços de carinho.
Por isso, sentia-se chamado a cuidar de tudo o que existe. 'Enchendo-se da maior ternura ao considerar a origem comum de todas as coisas, dava a todas as criaturas – por mais desprezíveis que parecessem – o doce nome de irmãos e irmãs' (Legenda Maior, Fonti Francescane, 1145).
A pobreza e a austeridade de São Francisco não eram simplesmente um ascetismo exterior, mas algo de mais radical: uma renúncia a fazer da realidade um mero objeto de uso e domínio.
Francisco pedia que, no convento, se deixasse sempre uma parte do horto por cultivar para aí crescerem as ervas silvestres, a fim de que, quem as admirasse, pudesse elevar o seu pensamento a Deus, autor de tanta beleza. O mundo é algo mais do que um problema a resolver; é um mistério gozoso que contemplamos na alegria e no louvor.
Criaturas limitadas que somos, a relação originariamente harmoniosa entre o ser humano e a natureza transformou-se num conflito. Através da reconciliação universal com todas as criaturas, Francisco voltou de alguma forma ao estado de inocência original".
Carta Encíclica Laudato Si'-Sobre o cuidado da casa comum (Papa Francisco).
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4 de outubro é Dia de São Francisco de Assis, protetor dos animais e da natureza. Na gravura, Francisco acolhe o feroz lobo de Gubbio, que, reza a lenda, aterrorizava a cidade e amansou quando ouviu o suave chamamento do 'Poverello'.

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