Diz tu por mim, silêncio
Não era hoje um dia de palavras,
Intenções de poemas ou discursos,
Nem qualquer dos caminhos era nosso.
A definir-nos bastava um acto só,
E já que nas palavras me não salvo,
Diz tu por mim, silêncio, o que não posso.
- José Saramago, em "Os poemas possíveis". 3ª ed.,
Lisboa: Editorial Caminho, 1981.
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