terça-feira, 28 de julho de 2015

*Estava sozinho num cemitério que dominava a aldeia, quando uma mulher grávida entrou nele. Saí de lá imediatamente, para não ter de olhar de perto aquela portadora de cadáver, nem de ruminar acerca do contraste entre um ventre agressivo e túmulos apagados, entre uma falsa promessa e o fim de todas as promessas.

─ Emil M. Cioran

• in: Do inconveniente de ter nascido, p. 135. Tradução: Manuel de Freitas. Lisboa: Letra Livre, 2010 •

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