Em uma cidade do interior de São Paulo, não lembro o nome,
entrei em uma barbearia tradicional, o barbeiro afiando a navalha veio ao meu
encontro, eu com meu livro na minha mão ao encontro dele. Antes de apresentar
minha literatura, ele rindo falou:
-Você nem imagina quem passou por aqui com um livrinho na
mão, igual a você, há uns trinta anos.
-Quem'?
- Plínio Marcos.
-Que honra. O senhor comprou o livro com dedicatória
Ele secamente:
-Não comprei o livro e ele não cortou o cabelo. E você o que
pretende mesmo?
Sem titubear, sentei na cadeira e falei:
-Apenas as pontas.
JD
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