terça-feira, 21 de julho de 2015

Carregando a Literatura nas Costa


Em uma cidade do interior de São Paulo, não lembro o nome, entrei em uma barbearia tradicional, o barbeiro afiando a navalha veio ao meu encontro, eu com meu livro na minha mão ao encontro dele. Antes de apresentar minha literatura, ele rindo falou:
-Você nem imagina quem passou por aqui com um livrinho na mão, igual a você, há uns trinta anos.
-Quem'?
- Plínio Marcos.
-Que honra. O senhor comprou o livro com dedicatória
Ele secamente:
-Não comprei o livro e ele não cortou o cabelo. E você o que pretende mesmo?
Sem titubear, sentei na cadeira e falei:
-Apenas as pontas.


JD

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