sábado, 11 de abril de 2015

KAY RYAN - 2 POEMAS (trad. Caetano Gallindo)


VERNIZ E BÁLSAMO
(...)
Não há unto
que cure
a pele rota
do abandono.
Quem soube
o verniz
e o bálsamo da
simples passagem
de alguém
por suas coisas.
(...)
NATUREZA MORTA COM LIMÕES, LARANJAS E UMA ROSA
(1663) Francisco de Zurbarán
Como mãos
de um gigante
a conspiração
de sombra e
peso espreme
a luz, restando
terra, assombra
-se Zurbarán. Que
tem de então
pintar a contra
-pelo, pois laranjas
grudadas ele
não quer, meladas
num calombo,
como um doce. E
agora a doença

da mulher.

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