Estudar, cada vez mais, será entender onde a gente mora, que
relações predominam ali, que tipo de vida impõe, para saber até que ponto
queremos seguir trilhas prontas, ou inventar as nossas. Viver é sempre o grande
desafio, e estabelecer metas, abrir trilhas, produzir contornos, conceitos;
viver é criar valores. Por isso, o aprender deve estar vinculado ao criar.
Aprender criando é a regra, porque do contrário não é aprendizado é
treinamento, não há troca, há imposição.
O século XXI caminha em direção a uma escola onde o aluno
seja ouvido e considerado. Uma escola para o aluno, dirigida para o seu
desenvolvimento, tendo como alvo a vida, em todas as suas dimensões. Uma escola
onde a arte, a filosofia, a ética estejam tão presentes que não precisem de 50 minutos
na grade curricular; ou melhor, que não tenha grade curricular, mas temas,
assuntos, questões. Uma escola que não se acovarde diante das perguntas mais
difíceis, como a morte, o tempo, a dor, a violência, a discriminação social,
racial, religiosa, mas que construa espaços onde estas questões sejam
discutidas, pensadas. Enfim, uma escola viva, alegre, corajosa, sempre aberta a
novas questões.
Viviane Mosé
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