terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Reflexos

Olho-te pelo reflexo

Do vidro

E o coração da noite



E o meu desejo de ti

São lágrimas por dentro,

Tão doídas e fundas

Que se não fosse:



o tempo de viver;

e a gente em social desencontrado;

e se tivesse a força;

e a janela ao meu lado

fosse alta e oportuna,



invadia de amor o teu reflexo

e em estilhaços de vidro

mergulhava em ti


Ana Luísa Amaral

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