sábado, 24 de julho de 2010

Alô Boçais

Minha maneira de levar- lâmina e música- o barco insondável da vida sob a mira infecta.Sua pálida ética sempre tentando me delegar ( palavra déspota ! ) o estandarte da alegoria, fatal como a bandeira insolúvel dos suicidas.Tolinhos.Egos de gemada.Escória plural, lodo até as unhas.Fake brains, mistaken eyes.Arenga capenga, replay de banalidades.Xô.Cutucaram a fogurira com idéias curtas, agora segurem as faíscas.Meu porto se acende ao sopro das brisas e só cintila em circunstâncias imprecisas. Meu ponto de vista é outro ,lá , onde a vida se expande e se afunila , onde quer  que ainda insista o pólem da poesia, onde seu bode, seu bonde nunca chegará.

Ledusha
Risco no Disco. Mais !Folha de São Paulo.17/05/1998.

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