quinta-feira, 12 de julho de 2018

O nazifascismo tinha seus deputados


O nazifascismo tinha seus deputados, jornalistas, juristas, policiais, militares e empresários, mas a grande narrativa original que fica sempre é a da universidade e da teoria crítica. Para um golpe não adianta ter somente o apoio e o discurso ideológico superficial de políticos, da mídia, do judiciário, de policiais, de associações comerciais e de academias de lutadores. Quem define o que é um golpe é a universidade nas suas áreas centrais das humanidades e educação. Não foram juristas e magistrados alemães, como o juiz Roland Freisler, um tipo reforçado de juiz Moro, que definiram o golpe e o regime, mas sim os cientistas sociais de grupos como a “Escola de Frankfurt”, que alertaram e denunciaram a inevitável queda e ruína das falsas ilusões do projeto antidemocrático dos golpistas. Como as mentiras de um projeto de salvação nacional de direita sempre acabam no mais corrupto e tirânico regime até serem derrubados, mais cedo ou mais tarde, pelas forças progressistas e democráticas da verdade e da liberdade.

RCO

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