sexta-feira, 7 de abril de 2017

O que aconteceu na Hebraica, tanto em São Paulo (onde a palestra do fascistão foi cancelada) como no Rio (onde ocorreu sob protestos) tem um nome- luta de classes, e um sobrenome- a incapacidade (que pode ser corrigida) dos setores democráticos das várias comunidades de se descartarem de suas velhas organizações.
OK, a Hebraica é apenas um clube e aqueles que protestaram não são a classe operária. Porém, a luta de classes se desdobra em mil facetas e expõe o tenebroso drama do atual momento.
Os judeus pagam um altíssimo preço pela existência do estado de Israel, na verdade um Forte Apache implantado no Oriente Médio para atender os interesses imperialistas, massacrar os palestinos, negando-lhes qualquer existência independente, e ajudar na manutenção das monarquias árabes feudais, que garantem o fluxo do petróleo.
Os protestos dos judeus, no Brasil contra Bolsonaro, em Israel e no mundo contra a guerra sem quartel aos palestinos, expõem a incompatibilidade dos anseios democráticos com a “ordem” (na verdade, uma desordem sanguinária) reinante no Oriente Médio, estado de coisas que encontra apoio nos dirigentes das Hebraicas.
Por isso, nada de racismo, que não é senão uma das manifestações mais pútridas dessa mesma “ordem”.


Roberto Elias Salomão                 

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