André Castelo Branco Machado
Se o país é como uma família e não pode gastar mais do que
ganha, como afirmou o ministro Henrique Meirelles em cadeia nacional, então
como deveriam atuar os nossos governantes? A prioridade seria sempre a comida
na mesa, saúde, moradia e educação para os filhos. Qualquer família fraterna
buscaria, como primeira medida, renegociar suas dívidas mais pesadas com os
bancos, como empréstimos que comprometessem metade das receitas do mês por
juros mais baixos, parcelas menores e contratos mais vantajosos. Mães ou pais
não diriam para seus filhos passarem por extremas privações por 20 anos sem
antes cortar todos os seus privilégios e daqueles que são sustentados pelos
seus recursos. Nem tampouco sairiam para jantar em um restaurante de luxo para
decidir cortar a comida dos seus filhos. Nada disso seria feito. Acredito que a
família a que se refere Meirelles é encabeçada por pessoas sem caráter,
manipuladoras, insensíveis, sádicas e que só pensam em si mesmas, sem qualquer
ligação afetiva com seus filhos. O governo ilegítimo do Temer está mudando a
Constituição para congelar gastos sociais e as pessoas mais vulneráveis ficarão
sem remédios, salários serão arrochados, escolas serão fechadas, entre muitas
outras mazelas. Esse modelo de país a que se refere o Meirelles é bem
diferentes das famílias reais do povo brasileiro, tão solidárias e fraternas,
que não abandonam seus filhos nos momentos em que mais precisam.
Nenhum comentário:
Postar um comentário