quarta-feira, 12 de outubro de 2016

André Castelo Branco Machado



Se o país é como uma família e não pode gastar mais do que ganha, como afirmou o ministro Henrique Meirelles em cadeia nacional, então como deveriam atuar os nossos governantes? A prioridade seria sempre a comida na mesa, saúde, moradia e educação para os filhos. Qualquer família fraterna buscaria, como primeira medida, renegociar suas dívidas mais pesadas com os bancos, como empréstimos que comprometessem metade das receitas do mês por juros mais baixos, parcelas menores e contratos mais vantajosos. Mães ou pais não diriam para seus filhos passarem por extremas privações por 20 anos sem antes cortar todos os seus privilégios e daqueles que são sustentados pelos seus recursos. Nem tampouco sairiam para jantar em um restaurante de luxo para decidir cortar a comida dos seus filhos. Nada disso seria feito. Acredito que a família a que se refere Meirelles é encabeçada por pessoas sem caráter, manipuladoras, insensíveis, sádicas e que só pensam em si mesmas, sem qualquer ligação afetiva com seus filhos. O governo ilegítimo do Temer está mudando a Constituição para congelar gastos sociais e as pessoas mais vulneráveis ficarão sem remédios, salários serão arrochados, escolas serão fechadas, entre muitas outras mazelas. Esse modelo de país a que se refere o Meirelles é bem diferentes das famílias reais do povo brasileiro, tão solidárias e fraternas, que não abandonam seus filhos nos momentos em que mais precisam.

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